I don't wanna grow up! I wanna be forever young...

Só temos uma certeza na vida quando nascemos, é que iremos envelhecer e morrer. E por mais que o processo de envelhecimento seja o fenômeno natural mais antinatural que existe, ainda não nos acostumamos e rejeitamos a idéia de que, a cada segundo, estamos envelhecendo.

Perturba-me o fato de que o vigor da nossa juventude um dia não passará de reminiscências. Incontestavelmente, a juventude é a melhor fase de nossas vidas, pois gozamos de plena forma física, estamos no auge de nossas potencialidades motoras.

Quando somos jovens, além de extravasarmos vitalidade, temos como aliado o ímpeto e a intrepidez que é inerente aos jovens. Em virtude disto, as maiores revoluções e conquistas nas sociedades foram logradas pela moçada jovem.

 Mas infelizmente, com o passar dos anos, o ímpeto, a intrepidez, a vitalidade e o vigor físico vai arrefecendo e começamos a passar pela transição mais dolorosa de nossas vidas, nos despedimos lentamente nossa juventude e nos aproximamos da velhice.

Por isso a humanidade se desespera. E muitos, numa luta insana e frenética contra a inexorabilidade do tempo, recorrerá à medicina, fazendo intervenções plásticas, tomando uma enxurrada de medicamentos que tentam retardar os sinais do tempo, passam a praticar esporte etc. tudo isto em busca do elixir da eterna juventude e permanecer “forever young…”.

Confesso que esse temor de envelhecer tem permeado meus pensamentos com frequência. Como já passei dos trinta e me encaminho para os 40, começo a me preocupar com o fato de que estou gradativamente me despedindo da minha juventude. Sei que é prematuro já estar me lamentando, ainda sou relativamente bem jovem, mas não consigo me ver de cabelos grisalhos e não poder correr ou pedalar com pleno vigor como o faço hoje. Fora o fato de ser chamado de “tiozinho” ou “vovô”.

 

A Bíblia afirma no livro de Salmos no capitulo 90 e versículo 10: “os dias de nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos.” Sei que não podemos lutar contra essa inevitabilidade, nem pretendo futuramente recorrer a plásticas, medicamentos e muito menos tingir o cabelo para mascarar essa realidade.

 

O que pretendo é sim manter o meu espírito jovem, pra frente, rebelde e intrépido, mesmo que o meu corpo não corresponda aos estímulos sensoriais.

Hoje, 13 de Janeiro, estou completando mais um ano de idade, estou fazendo 39 anos bem vividos e, a cada ano que passa, louvo a Deus por toda a experiência adquirida, pela fidelidade Dele em me sustentar e por tentar construir uma história de vida relevante, mesmo paradoxalmente ficando triste por estar envelhecendo, mas a vida é maravilhosa e procuro tirar proveito de todas as situações em minha vida.

So, happy birthday to me!

 Paulo Cheng