quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Homem primata, capitalismo selvagem!

Há algumas décadas o homem, em prol do capitalismo e do crescimento econômico, tem dilapidado a natureza de forma bestial e sem precedentes na história. Depois da revolução industrial, a interferência do homem na natureza, interferência essa nociva claro, foi se acentuando na medida em que a tecnologia foi se desenvolvendo. Com o crescimento da industrial, antagonicamente a natureza foi sendo modificada e estuprada para que o capitalismo e o crescimento econômico fossem preservados e priorizados.

À medida que a humanidade foi crescendo, foi necessário que os grandes espaços verdes fossem ocupados para ceder lugar à civilização. A palavra sustentabilidade ou preservação, não existia no vocabulário dos homens neste processo expansivo. Por pensar que os recursos naturais fossem renovados na mesma proporção que fossem destruídos, matas, florestas, rios, oceanos foram contaminados, destruídos e aniquilados pela ganância, a competição predatória pelo nicho mercadológico, a insensibilidade e a maldade do ser humano. Por conseguinte, a falta de preservação ambiental tem gerado danos inadministráveis e seqüelas que as próximas gerações herdarão como legado para sobreviverem em um planeta combalido e com seus recursos naturais insuficientes e com os dias contados.

São incontáveis as tragédias causadas pelo homem nesses últimos séculos. E os governos pouco fazem no sentido de reverter esse processo devastador. São poucas as campanhas pela consciência ecológica patrocinadas pelos governos em todas as suas esferas. Até a igreja, em toda a sua trajetória, principalmente a evangélica (sou integrante dela, por isso me sinto à vontade de criticar), que só se preocupa com o céu e com o bem-estar material e financeiro, não consegue unificar salvação, compromisso social,consciência ecológica e preservação ambiental, por isso, não sabe lidar com o fato de forma responsável e raramente se ouve nos púlpitos mensagens que enfoquem a necessidade e conscientização ecológica. Por que os crentes não saem das quatro paredes e vão às ruas cobrar mais da sociedade e dos governos medidas e leis urgentes no sentido de preservar o que ainda não foi devastado?

Em minha opinião, a Amazônia, que ainda é considerada o pulmão do mundo, deveria ser internacionalizada, mas com o sentido de preservá-la. É notório que o Brasil não tem condições nenhuma de tomar conta de uma área tão importante e imensa como deveria ser, haja vista que ainda hoje, em pleno século XXI, com toda esta mentalidade de efeito estufa, sustentabilidade, preservação ecológica, a Amazônia continua sendo desmatada de forma indiscriminada diariamente bem debaixo dos focinhos dos governantes. A internacionalização não seria ceder a Amazônia para territórios estrangeiros ou simplesmente vendê-la, mas ter a cooperação de países com mais dinheiro que o Brasil e que esses recursos pudessem ser investidos em reflorestamento, pesquisas, segurança, utilização sustentável, pois é um tesouro que precisa ser preservado, independente de nacionalismos tolos, visto que a humanidade crescerá ainda mais com o passar dos anos e os recursos naturais existentes hoje no mundo são insuficientes para suprir as demandas das gerações vindouras. A palavra sustentabilidade, ainda é um discurso retórico politicamente correto mas sem peso real na consciência da sociedade e nas medidas governamentais. Ainda levará muito tempo para que a sociedade, não só os grandes empresários e industriais, mas a sociedade como um todo, eu e você, possa enxergar que todos nós somos responsáveis pelas mudanças climáticas que estão ocorrendo de forma tão rápida e abrupta e que são globalizadas e que afeta a toda a humanidade sem exceção, e que as consequências serão repartidas de forma justa e imparcial.

Infelizmente, o legado que estamos deixando para as próximas gerações, além de nossa ganância e insensatez por lucros e resultados, será um mundo em colapso e à beira da autodestruição. O planeta Terra está agonizando e dando seus últimos suspiros devido à nossa falta de escrúpulos e, mesmo que as ações nocivas como as devastações ambientais, as poluições com monóxidos de carbono, os vazamentos de petróleo no mar e a exorbitante quantidade de lixo que jogamos no meio ambiente pudessem ser reduzidos a zero agora, o planeta ainda levaria séculos para se recuperar das atrocidades causadas por nós até agora. Infelizmente o mundo está se encaminhando para seu fim e nada podemos fazer para lutar contra a inexorabilidade deste fato reverter este diagnostico.


Paulo Cheng


14 comentários:

  1. Falou tudo Paulo, estamos cansados de saber que o Brasil é um país corrupto e vc me pergunta o que isso tem haver? Tudo os fazendeiros cheios de grana compram a autorização para ir lá e desmatar centenas de equitares e colocar seu gados para se alimentar, quem desmata não é o pobre e sim o rico que só quer ganhar mais e mais, também sou a favor da Amazônia se internacionalizada e somente assim ela será bem cuidada, mais ninguém ou quase ninguém percebe isso, as vezes a ganancia nos destroi e pra quer ter ganancia em ficar com a Amazônia se não pudemos cuidar bem dela!! Abraços!!
    PS: Adoro essa musica!!

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  2. Uma biologa amiga minha falou que a natureza adoraria o extermínio da raça humana!
    Pensando bem ela tem razão, mas como viver sem interferir na natureza?
    É um problema para Eisten, e falando no Eisten ele fez uma conta de que se as abelhas do mundo fossem exterminadas a vida na Terra duraria só 3 anos 128 dias, como ela fez as contas eu não sei, hahahahahahahaha, mas é minha amiga bióloga que falou...

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  3. O problema ambiental é como um problema de saúde pública, mas que envolve o nosso planeta: a Terra. Infelizmente, a maioria das pessoas só pensam no lucro, não se importam com o meio ambiente, e isso é uma questão séria. Outro dia uma reportagem na revista Veja apontava que nós já estávamos consumindo mais do que o planeta podia oferecer - cerca de três vezes mais. Isso recentemente. Agora, imagine nas próximas gerações, quando o número de pessoas aumentar? Será que nossos filhos saberão o que é um rio, uma mata, uma cachoeira no futuro? O que estamos deixando para eles? Ah, e só lembrando que a questão ambiental também envolve uma mudança geral em nossas práticas, como não jogar lixo no chão, economizar água, reciclar o lixo... enfim, são pequenas atitudes que fazem a diferença e que precisam ser seguidas por todos nós. Eu mesmo doo o meu lixo reciclável a uma cooperativa de catadores, procuro economizar água e não jogo lixo nas ruas quando consumo um lanche, por exemplo. Ficam as dicas para todos.

    jornalismoemfoco.blogspot.com

    autordesobrenome.blogspot.com

    Obs.: Um dia vamos prestar contas a Deus sobre nossas atitudes relacionadas ao meio ambiente, se cuidamos da natureza, enfim... por isso é importante cuidarmos do meio ambiente!

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  4. Tens razão...lembro aqui em Poa mesmo do rio que quando meus filhos eram pequenos, podiam até tomar banho.Hoje, se passarem perto, estão podres já... Uma pena... O homem foi destruindo sem pensar...abraços,chica

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  5. Fala Paulo,
    Você tem total razão. O Brasil não pode cuidar sozinho da Amazônia.
    Condições tem, porém, nossos políticos fazem de tudo para provar o contrário.
    Grande abraço.

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  6. Sim, Paulo, concordo contigo, realmente vamos perder esse tesouro maravilhoso daqui a algum tempo, caso não haja uma intervenção internacional em favor da Amazônia. O Brasil não está nem ai, só tem bandido na política, e, quando aparece alguém que se preocupa com o meio ambiente, como no caso da Marina Silva, não tem vez, uma pena. Lindo texto, parabéns.

    Rodrigo Crispim - Santa Catarina.

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  7. Fala meu amigo Paulo, tudo beleza?

    Cara, gostei muito da sua crítica a este sistema destrutivo que está vigorando no Ocidente nos últimos 200 anos, pelo menos. Eu mesmo sou opositor ferrenho dele, porque não concordo que devemos destruir tudo em nome do lucro e da ganância.

    Eu não concordo muito com a amiga bióloga que o André Mansim citou aqui no comentário, pois o problema não é a humanidade. Os indígenas da Amazônia não tem culpa nenhuma da destruição do planeta, nem os homens das tribos africanas, ou os aborígenes da Austrália, os esquimós, ou as tribos nômades da Ásia, etc. O problema não é a humanidade em si, e sim o sistema. No dia que exigirmos um sistema mais humano, que respeite a natureza, não vai ser preciso torcer pela extinção do homem, pois estaremos de novo perfeitamente integrados nela.

    Só faço uma ressalva de que não concordo com a internacionalização da Amazônia, porque eu não creio que os estrangeiros tenham propósitos mais nobres do que nós. Vão explorá-la para fins industriais do mesmo jeito. Sem falar que eu ainda acredito nessa coisa fora de moda chamada soberania. rs.

    Grande abraço meu amigo.

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  8. Oi Paulo, tudo bem?
    Amigo, creio que o problema maior é o sistema injusto que vivemos, corrupto e corruptível, onde o "vale tudo" impera. A ganância, destruição da natureza, do homem pelo homem.
    Não colocaria o problema na Humanidade e sim em alguns grupos de mal intencionados que vivem ao jugo desse sistema que falei acima.

    Sou totalmente contra a intervenção internacional da Amazônia, ou internacionalização, pelo simples fato de que, estando o problema, em minha visão, no sistema, isso não resolveria, só teríamos outros exploradores, agora estrangeiros. Acredito na soberania nacional e que temos que procurar resolver nossos próprios problemas.

    Grande abraço, amigo, te cuida! Cuidado com esse monte de plantões, ok? Beijos na Michel!

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  9. Paulo, esse é um assunto profundamente irritante e revoltante. Fico muitas vezes a me indagar, será ignorância humana, pura e simplesmente ou maldade e ambição. Fato é que esse é um assunto que o país precisa agir com vontade, verdade e coragem, acima de tudo. Um grande abraço meu querido. Grato pelo convite que me faz. Meu e-mail é o contato que está no perfil da página do blog. detudoumpoucominhaopiniao@yahoo.com.br

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  10. o problema disso tudo nem éem si o tipo de economia, e sim, os seres que coordenam essa economia.

    Nunca estaremos satisfeitos, pq até mesmo no comunismo os interesses dos grandes de obter poder ganhou dos interesses do povo.

    E sobre a amazonia, se fosse na alemanhã, finlandia, australia, etc... estaria muito melhor cuidada do que aqui.

    Enfim,

    Abss!

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  11. respira a milhares de quilómetros de mim, mas sinto, por aqui, a brisa (quase) intocada da amazónia. cada vez menos fresca, talvez mais surda e até sussurrante do que ontem, mas, ainda assim, a plenos pulmões, como só os olimpos terrestres sabem ser. ah, o homem é mesmo o seu maior predador.
    crónica lúcida e consensual, como sempre, paulo.
    um abraço!

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  12. Eu penso que o capitalismo vai deixar de ser selvagem, a amazônia salva e a corrupção extinta se formos plantando na cabecinha dos seres que estão vindo depois de nós (e assim sucessivamente) - filhos, sobrinhos - as sementes do bem.
    Do bem querer ao próximo e ao planeta. Utopia? Pode ser, mas um dia a gente chega lá.
    Provavelmente, não veremos este mundo perfeito, mas alguém verá. E isso é o que importa!

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  13. Bah,Paulo,tão difícil falar desse assunto,e admiro tua coragem!
    Eu já não consigo mais debater,ou opinar,to desanimada com tudo que temos visto a nossa volta.
    A ganancia tá do tamanho do universo,e como disse o Andre,a natureza quer comer o homem para acabar com os maus tratos feito por ele,ou por nós.Todos nós temos uma parcela de culpa,e devemos rever nossas atitudes.
    Baita post,guri!
    Bom fds pra vcs aí.
    Bjka

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  14. Excelentes comentários pessoal, respeito cada um, mas a minha intenção e apoiar uma possível "internacionalização" seria no sentido de o Brasil admitir uma ajuda dos países no que tange a preservação, proteção, ajuda em dinheiro para investimentos (se bem que a nossa nação tem dinheiro para investir, mas é usado pra outras coisas) entre outras coisas. Não seria ceder o espaço para os países estrangeiros virem aqui, comprar seu pedaço e usar ao seu bel prazer, o Brasil ainda teria a soberania de posse, mas receberia essa ajuda para expulsar os grileiros, fazendeiros, donos de fábricas de móveis, e todos aqueles que desmatam indiscriminadamente, creio que se isso acontecesse, esse espaço seria preservado e, com as décadas seguintes, consegueria respirar um pouco mais aliviado.

    Abração pra todos os amigos.

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