Foto extraída da Internet |
Vivemos em um mundo conturbado e complexo. As
imprevisibilidades e intempéries alcançam a todos de forma aleatória e sem
distinção.
A qualquer momento podemos ser mais uma vitima
em potencial de qualquer tipo de violência urbana.
Infelizmente, ninguém está incólume. Saímos de
nossas casas rumo ao nossos afazeres e obrigações e não sabemos o que está nos
aguardando lá fora. Se voltaremos sãos ou seremos as próximas vítimas de um assalto, estupro, sequestro ou bala perdida.
Quando somos vítimas de qualquer tipo de
violência nos questionamos: por que isto aconteceu comigo? Por que Deus
permitiu que isso me acontecesse? A culpa é do governo que não combate a
violência a altura ou é somente do agressor?
A Bíblia diz que o sol nasce para todos,
justos e injustos. E vou além, a violência e o mal também. O fato de estarmos
convivendo numa sociedade e interagindo com o nosso próximo nos faz sermos
vitimas e agentes ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo em que somos alvos de ações
benéficas que as pessoas produzem, também somos alvos dos malefícios que elas
podem causar.
Não adianta culparmos a Deus por uma “pretensa
omissão” de sua parte em não nos proteger ou o Estado por sua ineficiência em
agir contra a violência, isto faz parte da lei inexorável da convivência entre
os seres humanos.
Por mais que os assaltos, estupros,
assassinatos e afins sejam corriqueiros no nosso dia-a-dia e por já estarmos
psicoadaptados a tudo isso, nos abalamos quando essa violência atinge a nós ou
a alguém próximo da gente.
O que me motivou a redigir este texto foi
talvez uma mudança em alguns conceitos que estou revendo em relação à violência
e à punição. Sempre fui contra a prisão perpétua ou pena de morte, como
cristão, compartilho da ideia de que só Deus pode dar e tirar a vida, mas em
alguns casos se abre exceções, como por exemplo, em estado de guerra, legitima
defesa etc. mas a violência está
atingindo patamares tão absurdos que, hoje gostaria que houvesse prisão
perpétua, não regressão de pena, 10 são 10, independente de bom comportamento
ou 1/6 de pena cumprida, e em alguns casos sinceramente há um merecimento da
pena de morte, e na verdade é esse sentimento que nos permeia quando vemos na
TV um filho que assassinou um pai ou mãe, os canibais que foram presos aqui em
Pernambuco, que trucidaram e comeram os restos mortais de suas vítimas, serial
killers que matam por puro prazer sádico e outras atrocidades que paramos e
questionamos qual é o limite para a maldade humana.
Sei que como cristão e servo de Deus pensar deste
modo é errado, pois Jesus nos orientou
que devíamos orar por nossos inimigos e por aqueles que nos perseguem. Confesso
que, em alguns momentos fica difícil agirmos dessa forma, pois a revolta e a
raiva tendem a sucumbir essas nobres ações. Mas diante de tanta malignidade e
perversidade que assola o nosso mundo, não sei somos capazes de integralmente
seguirmos à risca todos os preceitos bíblicos que nos orientou o Mestre,
confesso que estou claudicante nessa questão de dar a outra face diante de
tanta injustiça e violência.
Paulo Cheng
A coisa anda danada mesmo e deve haver punição para os bandidos... Pra eles, os que fazem crimes hediondos, pra mim, não há perdão! Eles dizimam famílias, fazem e acontecem e fica tudo igual para eles... abração,chica e lindo dia
ResponderExcluirEsse é o pensamento corrente Chica, ninguém aguenta mais toda essa pressão e medo que a bandidagem coloca em cima da sociedade.
ExcluirAbraço.
oi meu irmão em Cristo,
ResponderExcluirTudo bem? A bíblia coloca que o mal pode acontecer ao impio ou a justo, mas o sofrimento do justo pode durar apenas uma noite.
Penso que a nossa humanidade tem sofrido com a violência e, claro que o fato tem remetido as questões, de perdão, justiça e vingança. Acredito que pela nossa imperfeição, não seremos capazes de dar a outra face e exercer o caráter de Jesus em todos os momentos. O que fazer? Orar e pedir forças a Deus para tentarmos sermos comedidos na ansia da vingança.
Excelente texto, meu amigo.
Beijos.
Lu
Com certeza Lu, como é difícil negarmos a própria carne e fazer à risco o que Jesus fez, e Ele sabe que não somos capazes de fazer todas as coisas, por isso temos que ter a misericórdia de Deus em nossas vidas, mas por outro lado é difícil ficarmos incólumes e inertes ante tantas mazelas que acontecem ao nosso redor, por isso esse desejo natural de agir e darmos com a mesma moeda.
ExcluirAbração pra ti.
Olá Paulo,
ResponderExcluirDe fato é algo muito preocupante! Quando saio de casa tento cumprir um verdadeiro ritual para ao menos minimizar a chance de ser mais um nas estatísticas de crimes da cidade e do país. E te digo, é muito chato viver assim, pois temos sempre que estar com "as antenas ligadas" para que possamos reduzir tais chances.
Fico indignado quando alguém quer colocar a culpa em Deus por todas estas moléstias, quando na verdade culpado somos nós sociedade que deixamos a coisa chegar a este ponto. Culpados são os governantes que nada fizeram por séculos e séculos. Culpados são os próprios agressores que tem o seu livre arbítrio, concedido por Deus, e optam pelo caminho do mal.
Cara, apesar de tudo eu sou contra a pena de morte por vários fatores: primeiro porque só Deus tem o poder e o direito de dar a vida e retirá-la. depois porque é muito fácil para o "meliante", ele pratica o mal, morre e ponto? Não! Ele tem que trabalhar muito e o tempo que for descansar meditar no que fez, e ai sou totalmente a favor da prisão perpétua! Que passe uma vida meditando sobre o que fez....
Sei que o certo seria perdoar o nosso agressor como Jesus nos ensinou, mas realmente é muito difícil oferecer a outra face!
Abraços, Flávio.
--> Blog Telinha Crítica <--
Cara, tu tocou num ponto fundamental, essa pena que o bandido merece para refletir no que fez e se possível se arrepender, e seria fácil matar um bandido e pronto, mas tem muitas variáveis nisso. Concordo com a prisão perpétua, mas vez por outra, quando vejo um caso estarrecedor, clamo por pena de morte, é normal isso acontecer conosco devido a indignação que sentimos no momento.
ResponderExcluirAbraço.
Paulo, meu amigo de fé!
ResponderExcluirComo todo ser humano sempre tive medo da violência, e são casos e casos que sabemos e coisas que sofremos. Eu, por exemplo, já fui vítima quando adolescente de um assalto à mão armada, eu estava com a minha mana Bel, e colocaram uma arma na minha cabeça. No caso, foi uns garotos e estavam mais assustados que nós... tivemos sorte.
Mas depois que se tem filhos, e um dia tu vai ver isso, o medo aumenta, porque 'sofremos' pelos nossos filhos, tenho muito medo que alguma coisa de ruim aconteça com minha filhota, e somos reféns disso tudo, de uma sociedade em clima de rebelião civil.
Grande texto!
Abração!
Concordo Cissa, quando temos filhos aumenta a apreensão de acontecer algo conosco e com eles, mas esse sentimento é algo que sempre vai nos acompanhar na sociedade, visto que a violência não tem uma solução a longo prazo.
ExcluirABRAÇO.
Paulo, excelente publicação. O assunto que aborda é de importante reflexão para todos nós, sociedade que somos. Um grande abraço. Bom ver blogs como o seu, onde o convite ao pensar é uma constante.
ResponderExcluirObrigado Paulo Cesar, esse é um tema bem controverso e que nos remete a uma profunda reflexão, valeu pelo comentário.
Excluir