terça-feira, 27 de novembro de 2012

Black Friday, Stupid Life!


Foto extraída da Internet
Na última sexta-feira, houve um evento nos Estados Unidos que repercutiu em muitos países, inclusive no Brasil, que foi o denominado ‘Black Friday’. Há vestígios de que a denominação surgiu em 2005 na Filadélfia, quando a polícia local chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natal. O termo já foi associado com a crise financeira que atingiu os Estados Unidos em 1869. Também passou a ser usado em 1966, mas só se tornou popular em 1975 quando o uso do termo passou a ser conhecido por meio de artigos publicados em jornais, que abordavam a loucura da cidade durante o evento. Já se referiu ao período de conforto financeiro para os varejistas. No início de 1980, foi criada uma teoria que usava a cor vermelha para se referir aos valores negativos de finanças e a cor preta para indicar valores positivos. O período negativo correspondia ao período de janeiro a novembro e o lucro acontecia ao dia seguinte ao Dia de Ação de Graças e permanecia até o final do ano. 


Alguns anos depois, Black Friday era o nome usado pelos varejistas para indicar o período de maior lucro e desde então é a data mais agitada do varejo no país. No dia do evento muitas lojas abrem bem cedo, algumas com até quatro horas de antecedência para atrair maior número de consumidores e oferecer os menores preços. Milhares de pessoas aguardam em filas enormes. Mesmo não sendo um feriado, muitas pessoas ganham o dia de folga e se tornam consumidores com grande potencial. O dia também é conhecido por dar início à temporada de compras de natal. A popularidade do evento é grande, muitos consumidores consideram os descontos oferecidos mais atrativos do que os natalinos. A ideia vem sendo adotada por outros países como CanadáAustráliaReino UnidoPortugal,Paraguai e Brasil.

O volume de vendas é absurdamente alto, visto que os descontos são realmente verdadeiros e os empresários americanos querem se livrar do estoque antigo para recebimento de novas mercadorias para venda no período natalino, e segundo pesquisei na internet, no Brasil, a adesão a esse evento se deu por volta de 2010, o que hoje já é um sucesso. E na última sexta, vi pela TV alguns vídeos das pessoas ensandecidas adentrando nas lojas atrás de promoções e aflorando seu lado mais primal e incontrolável pelo consumismo e materialismo. E vendo aquelas cenas, confesso que me senti mal, muito mal, ao ver que a ânsia e a vontade das pessoas eram tão grandes em canalizar suas forças e desejos em algo totalmente vão e vazio.
Não que comprar ou consumir é algo nocivo ou reprovável em si, mas a compulsão e o descontrole emocional canalizados em bens materiais, mostram o que verdadeiramente está saturando o coração e a alma humana, e diante daquelas cenas grotescas onde as pessoas se acotovelavam nas entradas das lojas em prol do consumismo, vi que o ser humano, ou boa parte de nós continuamos vazios, sem conteúdo, é ávidos por valores efêmeros e fugazes. É triste ver a humanidade sem propósitos humanitários bem arraigados, sem buscar valores espirituais para preencher seus vazios existenciais e espirituais, cheios de bens materiais, porém desprovidos de humanidade e propósitos existenciais duradouros. Confesso que me entristeci com as cenas, mas não me surpreendi, pois o caminho que a humanidade tem trilhado tem o tornado um ser oco, preocupado com o aqui e agora.
Termino com uma sentença proferida na Bíblia pelo Senhor Jesus: “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? Marcos 8:36-37.

Paulo Cheng

4 comentários:

  1. E aí Paulo? Nossa vc me visitou e só agora estou retribuindo a visita... desculpe.
    Eu estou bem, as coisas vão fluindo quando seguimos o caminho certo, e com isso meu rumo vai voltando ao lugar certo.
    Vc com um gato? Taí, aposto que vc e sua esposa amaria, gatos não precisam passear, faz suas necessidades na caixinha de areia, quer pouca atenção, dá muito menos trabalho, mas não compre adote, posso ate estar falando besteira ao seu ver, mas existe tantos gatinhos querendo um lar, é só vc ir nessas ferinhas que acontecem de adoção ou no proprio CCZ, vc irá encontrar aquilo que procura, o gato de raça, é logico que enche os olhos, mas um gato adotado enche o coração.

    Olha sobre esteBlack friday é valido ao meu ver para aquelas pessoas que juntaram dinheiro o ano todo e deseja trocar a TV, ou a maquina de lavar, fogão, acho super valido isso, agora que logico vc querer comprar só por comprar, só para o ter, é meio difícil de engolir mesmo, as pessoas hoje dão muito valor ao material, enquanto os sentimentos são jogados ao vento... o ser humano está precisando rever seus conceitos.
    Beijooooos

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    1. Oi Jane, como estais? Bem, o que vi nesse evento nos Estados Unidos foi uma sandice fora do normal, pessoas adentrando as lojas feito loucas, atrás de bens materiais, mas lógico que tem seu lado positivo, promoção é sempre bem vinda.

      Abração.

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  2. Paulo; concordo com sua observação, quando disse se sentir mal com as cenas que via. Entendi o seu ponto de vista, e concordo com ele. Me permita uma observação Paulo; Tem ocorrido muitos casos de "espertezas" do comércio com esse evento. Na realidade, a promoção que se esperava nunca aconteceu, em certos casos. Outro dia agente pode falar sobre isso, aqui no seu blog ou lá no nosso. Um grande abraço meu amigo.

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    1. Bem PC, vi naquelas cenas o lado mais nefasto e material das pessoas, e nunca temos aquela avidez em ajudar o próximo ou algo parecido, ainda bem que vc entendeu o ponto de vista.

      Um abraço.

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