sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A Política e o meu desencanto.

Imagem extraída da internet

Vivemos em um país democrático, bem, em alguns aspectos, democracia esta que, através do sufrágio, podemos escolher os nossos representantes e, ao mesmo tempo, nos tornarmos um, basta se candidatar, conseguir um número suficiente de votos e pronto, quatro anos usufruindo das benesses do Governo, com um salário poupudo, muito acima da média do povo brasileiro, regalias, horário flexível, enfim, o sonho de todo canditado a político, e para aqueles que lá já estão, uma verdadeira guerra de titãs para se sustentarem por lá, através da reeleição, acho que vale muito á pena se reeleger...



Bem, estamos às vésperas de mais uma eleição no Brasil, daqui há alguns dias, milhões de brasileiros, de forma compulsória, irão sair de casa em pleno domingo, enfrentar um trânsico caótico, filas intermináveis em colégios, para exercerem seu direito democrático e constitucional: votar. Um direito, diga-se de passagem, conquistado a custa de muita luta, quebras de tabus e preconceitos, e hoje, em pleno século XXI, temos a eleição mais democrática e eficiente que se tem notícia, em questão de minutos, ou horas, no máximo, já se sabe quem serão os novos representantes nas mais variadas esferas e cargos.

Sempre discuti política, sempre debati com amigos, sempre procurei me inteirar sobre os candidatos no qual votava, porém, de uns tempos pra cá, mais precisamente da última eleição, sofri um choque anestésico, ou seria de lucidez? Bem, mesmo sabendo de toda a importância histórica do voto no Brasil, o poder decisório no qual ele carrega, me desencantei da política, não pela política em si, pois ela serve para que haja um elo entre o Governo e o cidadão, que paga os seus impostos e exige em troca serviços públicos de qualidade e eficiência, porém, na prática, não é isso que acontece, e, a política se tornou um veículo para bandidos travestidos de salvadores da pátria para se locupletarem, e se envolverem em subornos, tráfico de influências, nepotismos, cabide de empretos, enfim, toda a sorte de sordidez, e, os únicos prejudicados, são os mesmos que votam nesses canalhas, obviamente há excessões, não quero generalizar, nem poderia, mas, em sua grande maioria, a classe política não goza mais de crédito algum perante a sociedade, e diante de tudo isso, não quero aprofundar o assunto, me desiludi de tal forma que, não suporto mais discutir política, não acretido mais em nenhum canditado, seja ele qual for, até pode existir canditados bem intencionados, contudo, o próprio sistema apodrecido no qual se tornou a política se incumbirá de sufocar os 'bons' canditados.

Bem, termino esta crônica expondo todo o meu desencanto com a política e a sua classe, lógico que temos nas mãos a solução para mudar o atual quadro, mas, em quem votar? E, caso votemos nas pessoas certas, como fazer com que elas não sejam engolidas pelo sistema fétido e nocivo lá dentro? Não vejo solução aparente no fim do túnel...


Paulo Cheng

5 comentários:

  1. Paulo, meu amigo de fé, tudo bem?
    Pois é, outro dia postei um parágrafo de uma crônica minha sobre a necessidade de votar, que minha mãe que não tem mais a obrigatoriedade do voto, vai toda animada votar...
    Também estou descontente com a política, mas ainda penso no voto como uma voz, uma ferramenta. E é o que temos.
    Nem sei muito mais o que dizer, pois pareceria que eu estivesse tentando te convencer a algo, quando não é minha intenção :)
    Talvez para algumas pessoas o melhor seja votar nulo, que também é um voto, uma voz, em silêncio, mas diz muito.

    Abração e ótimo fim de semana!

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  2. Cissa, sei muito bem da enorme importância da votação, porém, estou muito desiludido a ponto de nem querer discutir sobre política, e espero que os menos canalhas sejam eleitos e que a nossa nação sofra o mínimo possível com os novos políticos.


    Abração pra ti.

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  3. Olá Paulo,
    Cara eu também fico bastante triste com os rumos que a nossa política tomou! Ela deveria nos proporcionar bem estar geral, mas não, o que acontece é um festival de egoísmos pautados na lei de Gerson. Mas mesmo assim sigo acreditando, uma hora isso tem que mudar e para tanto não podemos perder a fé!

    Abração.

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    1. Bom o seu otimismo, e sei que devemos sim acreditar, porém, espero retomar o alento e a esperança na classe política meu amigo Flávio, por hora, sigo apático.

      Abração pra ti.

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  4. Paulo, nada é mais sagrado e saudável em uma democracia que o voto. O problema não é o voto, e sim o que fizeram dele e da forma como ele vem sendo usado pela suja política que se pratica neste país. Dentro desse sistema político que aí está e que precisa ser mudado, o nosso sagrado voto só vai servir pra respaldar o que de errado aí está.

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