Felicidade: extraindo deleite nas coisas simples.

Ser feliz, um estado sentimental no qual todos nós anelamos e buscamos, muitas vezes, em lugares, coisas e pessoas, contudo, para alguns, ela é subjetiva, para outros, algo prático, tangível. Mas o que venha a ser felicidade? Onde a encontramos? Quanto tempo dura? Perguntas frequentes que permeiam nosso consciente, mas que requerem respostas complexas e divergentes.

Antes de tudo, não quero aqui definir o que seja felicidade, não ousaria, pois, é um sentimento que para muitos soa distinto, o que produz felicidade para uns, não tem o mesmo efeito para outros, contudo, felicidade é algo que gera um prazer ou deleite em cada um de nós, seja um objeto, um momento, uma ação, um gesto, uma notícia, enfim, e esse sentimento consegue nos elevar a um estado de espírito sublime, eminente. A felicidade, ou esse sentimento que nos dá um deleite em nossa alma e emoção infelizmente não dura para sempre, ele se dissipa com o tempo, pode durar segundos, minutos, horas, ou até dias.

Mas onde podemos encontrar a tal felicidade? O local menos importa, mas não há um padrão ou uma lógica, ela pode vir de onde menos se espera, sim, dos lugares, pessoas e ações das mais inusitadas e simplórias que poderíamos imaginar. A felicidade pode provir de uma aquisição de um emprego, mas também de um beijo; podemos encontrar na compra de um carro, mas também por comermos uma fruta; poderemos encontrar na conquista de um imóvel, e também em um simples passeio na beira do mar; ela pode vir de um suado diploma universitário, ou da contemplação de um jardim ou paisagem. Ao contrário do que muitos pensam e afirmam, a felicidade pode ser adquirida em pequenas coisas, muitas delas nas quais desprezamos e que está ao nosso redor constantemente.

Às vezes fechamos as portas para que a felicidade não adentre, pois ela está nas coisas diminutas, e a procuramos nos grandes eventos. Sejamos garimpeiros da felicidade nas coisas simples, que possamos nos tornar amantes das artes, admiradores da natureza, observadores da flora, íntimos da literatura, que possamos apreciar um dia de chuva, passear no parque, caminhar de mãos dada na beira da praia, enfim, coisas simplórias e que nos dão tão ou mais prazer do que em eventos grandiosos. A felicidade está ao nosso alcance, abrace-a.

Paulo Cheng