sábado, 19 de dezembro de 2015

A anti socialidade das redes sociais

Imagem extraída da internet 
Um mundo conectado, um mundo globalizado, o final do milênio passado e início dos anos 2 mil foram decisivos para uma transformação sem precedentes nas comunicações de massa, a internet encurtou as distancias, aproximou pessoas, deixou obsoleta e aposentou as demais formas de comunicação, criou redes sociais, com isso, a promessa de relacionamentos mais acalorados e de qualidade não se sustentou, frustrou-se.

Desde o advento dos e-mails, que tornaram as velhas cartas quase que ineficientes, passando pelo Orkut, primeira grande rede social de nível global, passando por Tweeter, Linkedln, Badoo, Habbo Brasil, Instagram, Whatsapp, e o atual Facebook, as pessoas redimensionaram seus hábitos de se comunicarem com amigos e conhecidos, tudo isso tornou mais rápido, instantâneo e eficaz as comunicações interpessoais, praticidade virou palavra de ordem num mundo globalizado e frenético como o nosso atualmente, mas toda essa praticidade cobrou um preço: o calor humano.


Com as redes sociais, nos tornamos mais próximos e, paradoxalmente, mais distantes uns dos outros. Hoje, a grande maioria das pessoas que usufruem das redes sociais sucumbiu suas vidas sociais para se esconderem nas telas frias e impessoais dos tablets, notebooks, pcs e smartphones. Muitos preferem conversas superficiais e monossilábicas pelo Whatsapp do que uma ligação por telefone. Encontros presenciais já estão começando a ficar em desuso e estranho, ninguém quer mais se expor, ter contato físico, rir, chorar, conversar cara a cara, esse tipo de experiência tenta ser suprida por trocas de mensagens via Facebook ou chats, pois, evitamos nos expor, e mostramos um lado que nos convêm, pois é só teclar palavras, frases, chavões e pronto, agradamos sem nos doar.


A vida nas redes sociais têm sufocado antigos hábitos nossos como, sair para passear, observar a natureza, fotografar, curtir uma tarde numa praia ou praça, coisas simples, mas que nos conecta com a vida real. Vivemos aprisionados e reféns da internet, sucumbimos o prazer de viver a vida pulsante lá fora em detrimento de uma vida superficial e mágica que nos é passado pela tela do computador. Entristeço-me em ver pessoas que preferem conversar e bater um papo monossilábico pelo Whatsapp ao invés de uma ligação telefônica. Infelizmente caminhamos para uma frieza sem precedentes na história no que tange aos relacionamentos interpessoais, e este é o lado nefasto das redes sociais, que têm tornado a grande maioria dos seus usuários antissociais, avessos ao calor humano e desconectados com o mundo real que se passa lá fora.


Não sei onde isso vai parar, contudo, procuro manter a minha sanidade e não trocar minha vida real aqui fora por relacionamentos mecânicos e desalmados virtualmente, pois, nada substitui o calor humano.



Paulo Cheng 

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