quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Vivendo sob as luzes da ribalta




Estamos inseridos em sociedades, comunidades, culturas, interagimos, participamos, nos doamos de várias formas para que a vida em comunidade alavanque o senso de pertencimento. Somos seres sociáveis, gostamos e necessitamos viver em tribos, isso faz de nós pessoas civilizadas, urbanas.


Contudo, viver socialmente não é tarefa das mais fáceis, requer bom senso, habilidade e muita maturidade. As pessoas são distintas, tem cabeças e pensamentos diferentes, que destoam uma das outras, cada pessoa é uma ilha. E agir de forma madura em meio a pessoas de diferentes índoles, culturas, sentimentos, configura uma arte nobre de sobrevivência, na qual a grande maioria ainda não adquiriu.

Mesmo necessitando das pessoas, há um grande erro no qual nós, seres humanos, cometemos com frequência, é gravitar em torno do que os outros pensam e dizem de nós. Muitas vezes somos reféns de convenções e direcionamentos que as sociedades nos impõem como regra basilar de viver. Muitos vivem mendigando carinho, atenção e afeto dos outros, como se deles dependesse para sobreviver. As redes sociais na internet é um bom exemplo disso, no qual muitos, como forma de driblar a solidão e o vazio existencial, passam horas a fio por dia postando fotos e postagens como forma de atrair um pouco de atenção ou simplesmente se exibindo, ávidos por elogios e aplausos, como forma de aceitação.

Viver sob os holofotes sociais, sempre insaciáveis por migalhas de afeição, nos torna pessoas inseguras, fracas e sempre dependentes, pois, no dia em que as luzes da ribalta se arrefecerem, e os aplausos silenciarem, e os tapinhas nas costas cessarem, e os risos calarem, nos condenarão a nos tornarmos náufragos em uma ilha deserta, eremitas em um castelo solitário, caminhantes errantes em uma estrada sem fim.

 Vivamos sem querer ser os atores principais no script da vida, de tentarmos ser os coitadinhos mendigando atenção dos outros, e sempre tentando atrair a atenção dos outros; se doar sem esperar a contrapartida do retorno é uma ferramenta emocional que nos livrará de decepções, pois lidar com sentimentos humanos é algo complexo, e nem sempre as pessoas estarão prontas para suprir as nossas carências emocionais. Viver é uma aventura sinuosa, não obstante, deleitosa.



Paulo Cheng 

2 comentários:

  1. Muito bem escrito e colocado o tema.Viver é surpreendente sempre e melhor fazê-lo sem alardes, na nossa, tranquilinhos...abração,chica

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    1. Chica querida, e a vida é bem por aí mesmo, muito grato pelo comentário, abração pra ti.

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