Milhares de pessoas saíram às ruas do Egito nesta semana, para pedir o fim do regime do presidente Hosni Mubarak. A onda de protestos foi inspirada na chamada Revolução de Jasmim, um movimento popular que na última semana derrubou o presidente da vizinha Tunísia.
Assim como na Tunísia, o Egito tem um governo autoritário, com liberdades limitadas e graves problemas sociais. O país de 80 milhões de habitantes, o mais populoso do mundo árabe, é governado há 30 anos por Mubarak, de 82 anos.
Os protestos contra o governo são inéditos no país e têm sido convocados pela internet, por meio do Facebook e do Twitter. A rede chegou a ser bloqueada nesta sexta-feira (28).
Mubarak, que tradicionalmente tem apoio das Forças Armadas, já vem sendo pressionado por reformas políticas há alguns anos. Ele chegou a convocar eleições, em 2011, para a Presidência. Para analistas, ele pretende passar o governo ao filho, Gamal Mubarak, de 47 anos.
Além do Egito, Jordânia, Argélia, Mauritânia, Omã e o Iêmen registram protestos inspirados na Revolução de Jasmim da Tunísia.
Nobel da Paz e radicais muçulmanos são oposição
A oposição ao regime de Mubarak é dividida em dois grandes grupos. Um dos líderes é o diplomata Mohamed ElBaradei, ex-diretor da AIEA (agência nuclear da ONU) e Prêmio Nobel da Paz.
ElBaradei é pró-Ocidente e tem apoio das classes mais altas e intelectualizadas. Ele já anunciou sua disposição em assumir um eventual governo provisório, caso Mubarak seja derrubado. Esse é o grupo que engrossa as manifestações.
O outro grande movimento, que põe medo no Ocidente, é a Irmandade Muçulmana. O grupo fundamentalista islâmico, ligado ao Hamas palestino, foi posto na clandestinidade por Mubarak, sob pressão do Ocidente.
A Irmandade Muçulmana tem como plano a adoção de leis religiosas no Egito, baseadas na sharia (código islâmico, baseado no Corão). Membros do movimento aderiram aos protestos.
Egito é aliado ocidental em região turbulenta
Mesmo sendo um regime autoritário, o Egito é um dos principais aliados dos Estados Unidos e da Europa no mundo árabe. O principal temor do Ocidente é que a Irmandade Muçulmana possa assumir o governo do país.
Além da Jordânia, o Egito é o único país árabe a reconhecer o Estado de Israel. Qualquer mudança brusca no regime de Mubarak pode tornar mais tensa a política já inflamada da região.
Fonte: R7
Amigo Cheng, infelizmente ainda existem povos atrazados politicamente e ditadores ridiculos mandando por aí!!!!
ResponderExcluirParece ser algo inédito na história da humanidade tantos países conhecidamente autoritários clamando por democracia. A partir do momento que todos os países forem democráticos, haverá uma grande mudança, o mundo caminhará unido rumo à queda de antigos preceitos.
ResponderExcluirA história provou que as nações não vivem bem sem a democracia!!! Torço para que esses países se libertem logo!!!
ResponderExcluirhttp://duo-postal.blogspot.com
Toda ditadura é ridícula, porém, alguns países que partiram para a democracia, passam por sérios problemas na atualidade.
ResponderExcluirQualquer unanimidade é idiota, então, acredito que tenha coisas boas em todos os "segmentos" políticos. Poderiamos extrair um pouco daqui, um pouco dali, e ir em frente.
A democracia é a ditadura da maioria.
Grande abraço e bom final de semana.
Marcelo Crispim - Santa Catarina.
ResponderExcluirAs sociedades que estão debaixo de ditaduras estão cansadas de serem exploradas e massacradas. Creio que a democracia tão sonhada e almejada chegará nesses países islâmicos, pois a força do povo, por mais que seja subestimada, é realmente decisiva em alguns momentos.