segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mandela: ícone da liberdade e da luta contra o preconceito

O racismo é um sentimento excludente que, infelizmente, está insuflado em todas as sociedades desde as mais primitivas.
A história da raça humana está maculada por esse sentimento nefasto que, ao longo dos anos, décadas e séculos, está longe de ser erradicado.

O racismo é um sentimento que mina o respeito mútuo, feri os direitos humanos, suscita o ódio e o rancor, conspira contra o amor e cria no ser humano um pseudo sentimento de superioridade em relação ao outro por causa da cor da pele, da religião, da cultura e as diferenças étnicas.
Em nome do racismo, a violência assolou nações, guerras dizimaram povos, os direitos humanos foram tolhidos em muitas sociedades, sonhos desfizeram-se e vidas, muitas vidas, foram ceifadas.


A gênese do racismo provém de um coração desprovido de amor, que despreza o seu próximo e estabelece parâmetros e valores onde um certo grupo de pessoas, em detrimento de outras, se consideram superiores e melhores em virtude de algumas diferenças externas e efêmeras.
Ao longo de nossa história, muitos foram os reis, imperadores, príncipes, governadores e ditadores que, em nome desses valores deturpados e vis, subjugaram povos, minorias, tribos e até nações em nome do racismo e da discriminação.

Um dos exemplos mais expressivos que temos na nossa história foi protagonizado por Adolf Hitler nas décadas de 30 e 40.
Em 1933, quando Hitler estava preso por insurgência pelo fato de pertencer ao recém formado partido Nazista e por conspirar contra o governo da Alemanha de então, ele escreveu “Mein Kempf (minha luta)”, onde flui de um coração insano e perverso, o desejo de ver dizimado povos e raças que considerava subumanas e indignas de viver devido às suas crenças, cor da pele e cultura e na contrapartida anelava por ver uma minoria que era o povo germânico ser exaltado como um povo superior aos demais onde os denominavam como “raça ariana”.

O resultado desses ufanismos insanos foi a culminação de uma Segunda Guerra Mundial, países destroçados física e economicamente e milhões de vidas ceifadas em nome do racismo e do preconceito.
Depois de toda essa monstruosidade detonada por um homem só, a humanidade não se interiorizou, não repensou seus valores, não se humanizou o suficiente e o racismo, como câncer localizado que logo transformasse em metástase e corroi o resto do organismo, infiltrou-se em outras sociedades e continuou a macular ainda mais nossa história.

Nos Estados Unidos, as décadas de 20 e 30 em diante foram marcadas por tipo de discriminação que é a mais letal e que dói fundo na alma, o racismo. Os negros eram tratados como sub-raça. A discriminação, o ódio e o rancor estiveram presentes no cotidiano deste povo onde seus direitos, planos e sonhos foram aviltados de forma abrupta e absurda e vidas foram destruídas em suas dignidades.
As pessoas americanas (não todas) não conseguiam enxergar que, por debaixo da fina camada de pele negra, as pessoas iguais umas as outras, que nutriam os mesmos sonhos, desejos e que eram criaturas formadas com o mesmo amor pelo Criador de todas as coisas, Deus.

A intolerância foi tanta que a voz reprimida explodiu no peito do pastor Batista Martin Luther King e ele foi às ruas para exigir seu direito de viver em liberdade e paz não obstante a cor de sua pele.
Na África do Sul a situação não era diferente e os negros sofriam perseguições e atrocidades sem precedentes. E, à semelhança de Martin Luther King na América, se levanta, entre outros, o jovem Nelson Mandela pela luta dos direitos humanos.

Mandela, na sua luta gloriosa contra o Apartheid (segregação racial), foi torturado, preso e condenado a prisão perpetua, mas passou um período de 27 preso. No inicio da década de 90 Mandela foi solto, mas a sua luta não tinha sido em vão. Em 1994 se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul.
Hoje, este heroi dos direitos humanos, no alto dos seus 92 anos, é um belo exemplo de dignidade, hombridade, coragem e esperança de um mundo solidário e pacifico.

A vida de Nelson Mandela é um exemplo de que vale a pena lutar para construir um mundo melhor, onde as diferenças etno-raciais e a fina camada de pele branca ou negra deveriam servir de louvor e graça por um Deus que primou pela diversidade entre a coroa de sua criação: o homem.


Paulo Cheng

10 comentários:

  1. Nossa falou tudo Paulo, o racismo é uma coisa que não deveria existir, mais existe e nós pais temos que ajudar acabar com isso. Minha caçula quando entrou na escolinha me falou que não queria sentar onde sentava, perguntei a ela por que e ela me disse que era por que a garotinha que sentava com ela tinha a pele escura, eu fiquei chocada pois nunca falei nada do tipo aqui em casa e meus outros dois filhos nunca falaram nada parecido, eu me sentei com ela e disse que aquilo não era nada bonito de se falar e que se a amiguinha ouvisse aquilo ficaria muito magoada, perguntei a ela se a menina disesse que não queria sentar com ela por ser branquela se ela gostaria? Ela me respondeu que não e eu disse: Então por que vc acha que vc pode dizer isso?
    Fui na escola e falei com a professora colocar ela de novo com a menina e outro menino que tinha lá e disse que minha filha não era e nem é melhor que ninguém e que a igualdade tem que ser ensinada desde cedo, já se passaram 3 anos depois disso e hoje a menina é melhor amiga dela e quando falo que ela disse isso ela fica chocada e me diz que não falou nada daquilo, conclusão.
    As crianças as vezes pode não querer o diferente mais cabe a nós pais ensinar que ser diferente é o que nos une, que se fossemos todos iguais não teria graça nenhuma.
    Se tem todo esse racismo no mundo é por que faltou amor em casa!!
    Aqui em casa eu passo valores aos meus filhos e sei que serão cidadãos de bem e que respeita seu proximo como um todo e não apenas os humanos mais os animais também.
    Bjs Paulo e boa semana!!

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  2. Oi Paulo, tudo bem?
    Ótimo texto meu amigo! Te confesso que estava sentindo saudades de te ler!
    Mandela é o exemplo contra tudo isso de ruim, a separação das "cores", ridícula, num mundo que não aceita o diferente, classifica tudo por bons e ruins, enquanto somos todos iguais. O que se pode fazer?
    Bem, eu como mãe, é educando minha filha, que brinca desde cedo com crianças de todas cores, erntre outras diferenças, inclusive interage com um menino autista, (baixo grau de autismo, pois em outro nível o autista não interage), e assim por diante, ela percebe que são diferentes, e vem me dizer, mas como constatação, sem preconceito, pois aqui em casa tratamos todos iguais. Tenho amigos bem diferentes de mim, em raça, credo, opção sexual, filosofia, e por aí vai...
    Grande texto!
    Abraços e ótima semana e descansa um pouco amigo, depois desse plantãooo é bom! :)

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  3. Fala Paulo,
    Um dos seres humanos mais fantásticos na história da humanidade. Exemplo de luta contra algo repugnante, nojento, que é o racismo.
    Infelizmente ainda existe e está espalhado por essa mundão afora.
    Mandela é exemplo de que o ser humano pode ser bom.
    Grande abraço e ótimo dia.

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  4. Chengão, meu irmãozim marélim, parabens por mais esse belo texto! E dessa vez vc homenageou um cara que merece mesmo! Um grande ser humano que lutou por seu povo! Parabens!

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  5. Paulo
    Você estava num momento de glória quando escreveu esse texto, parabéns!
    Eu admiro todo e qualquer movimento contra a discriminação, seja ela qual for.
    Um grande abraço

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  6. Bela figura nos trouxeste pra falar nesse tema tão triste e que infelizmente existe, velado ou não: o racismo...
    Pena!


    abração,chica(obrigado pelo carinho, é uma fase difícil,mas vamos conseguir ganhar do "bichinho mau")

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  7. Síntese perfeita!

    Sem dúvidas um ícone da libertação, do direito de expressão e da justiça. A luta de Mandela não foi pouca ou pequena e, mesmo embutida de todas as dificuldades ele conseguiu sair vitorioso e estender essa vitória ao seu povo.

    Justa homenagem, Paulo! Até!

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  8. Ae Chengão!!!

    Excelente texto sobre Mandela! Esse cara realmente revolucionou...deu a vida pelos ideais e o melhor é que viu para presenciar o sucesso de sua luta.

    Eu até curti os filmes dos X-Men orém o terceiro sda trilogia e o do Wolverine me decepcionaram um pouco. Pra quem conhece os hqs eles alteraram demais a história..pelo menos esse novo filme eu achei legal. Curtiu mesmo minha matéria? Eu tinha feito ela á tanto tempo e acabei postando só agora..achei que nem tava muito bem escrita rs. Então vc me pegou...não sei se Sin City é da Marvel...acho que não...prometo que vou pesquisar. De comics adulto teve 2 que gostei: Sandman e Kick Ass.
    bjs!

    http://www.empadinhafrita.blogspot.com

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  9. Fala Paulo,

    Eu respeito muito este homem, um exemplo de vida e de luta para todos nós. Mas não concordo com quem usa a sua imagem para levantar bandeiras racialistas no Brasil, acho que não é por aí que se combate a discriminação. Na minha modesta opinião, se combate o racismo combatendo a ideia de raças humanas distintas, e não reforçando uma suposta dicotomia brancos X negros num país altamente miscigenado e com problemas muito mais profundos e complexos como o nosso.

    Viva Nelson Mandela, Martin Luther King e todos os que lutaram por uma humanidade mais igualitária, e não separada.

    Grande abraço.

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  10. Paulo, excelente homenagem a esse grande baluarte dos Direitos Humanos, temos muito o que aprender com ele, a coragem, a abnegação e o amor pelo ser humano fez com que ele enfrentasse tudo e, no final, saísse vitorioso contra todo o preconceito e ódio. Valeu à pena todo aquele esforço. Excelente texto, acho que um dos melhores seu Paulo e um dos melhores que já li sobre o Mandela, sem demagogia, vc deveria estar escrevendo pra algum jornal de grande porte. Um abraço.

    Rodrigo Crispim - Santa Catarina.

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