Lei Seca uma ova, Código de Hamurabi neles!!!

Kaio Ribeiro, campeão de jiu jitsu

Estava decidido a nos próximos posts aqui no site escrever sobre coisas reflexivas, amenas e que nos colocasse pra cima, lógico que escrevo sobre o que der na telha, mas queria daqui pra frente suavizar mais o clima, mas sempre nossos planos são frustrados por circunstâncias alheias ao nosso alcance. Bem, assisti no dia de hoje ao noticiário na TV e me deparei com mais uma tragédia no transito, onde os protagonistas são os mesmos, gente de classe média alta totalmente embriagada fazendo racha e culminando com um atropelamento e morte de um inocente.

O episodio medonho foi mais ou menos assim: a empresária Adriane de Souza, de 42 anos, foi presa nesta sexta-feira após ter atropelado e matado o campeão mundial de jiu jitsu, Kaio Ribeiro, de 23 anos, em Campinas, no interior de São Paulo.

 A empresária foi flagrada por policiais militares participando de um racha em uma avenida da cidade. Antes que a polícia pudesse deter Adriane, a empresária perdeu o controle do carro e bateu contra um orelhão onde Kaio estava. Ela parou quando atingiu um muro. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.

Dentro do Audi da empresária a polícia encontrou latas e garrafas de cerveja. Outras bebidas alcóolicas também foram localizadas no carro que era dirigido por Fabrício Rodrigues da Silva, que também participava do racha. Ele também foi preso.

 O exame de sangue indicou que Adriane estava embriagada – o nível de álcool no sangue da motorista era quase três vezes maior do que o que é permitido pela lei.

Segundo o que assisti na TV, o casal que causou esse assassinato foi enquadrado por crime doloso, e por isso é inafiançável, mas a grande pergunta é: até quando esses vermes ficarão presos, e, caso condenados, ficarão pelo menos um dia na cadeia?

Vivemos num país onde é uma terra sem Lei, o Código Penal não funciona, e só atinge aos pobres e favelados. A tal Lei Seca, que a princípio causou algum frisson, é são insossa e ineficaz que as mortes e bebedeiras no trânsito só aumentaram, tamanha a sensação de punição. A vida que foi ceifada por esse casal maldito foi a de um jovem que estava na flor da idade, um esportista consagrado, que dedicava sua vida ao esporte, a uma vida saudável, sem drogas, e por causa de uns devassos desses, não retornará mais. Vi seu pai segurando as medalhas do filho na TV e chorando, minha alma ficou compungida, triste e por alguns momentos me coloquei no lugar desse pai e senti uma profunda tristeza. ATÉ QUANDO NESSA MERDA DE PAÍS ESSAS LEIS NOJENTAS VÃO FAVORECER ESSE TIPO DE CANALHICE? POR QUE AINDA ESSES DESGRAÇADOS QUE BEBEM NO TRÂNSITO AINDA CONTINUAM A MATAR DE FORMA CÍNICA PESSOAS INOCENTES E SAEM CAMBALEANDO PELA PORTA DA FRENTE DA DELEGACIA APÓS PAGAREM UMA FIANÇA.

Depois que assisti essa reportagem, só me veio na mente extravasar essa dor que senti ao ver aquele pai em prantos. Partilho da idéia de que as leis para quem bebe e dirige sejam as mais rígidas possíveis, e quem mata um inocente no trânsito estando bêbado deve ter enquadrado como crime hediondo. Como seria bom se nesses casos fosse aplicada o antigo e temido Código de Hamurabi, creio que esses calhordas que enchem a cara de cachaça e pegam o volante pensariam duas ou três vezes ao pensarem que, segundo esse código, se matassem alguém seriam mortos, ou perderiam um membro de seu corpo ou pegariam pena máxima. Sei que estou revoltado e posso até estar exagerando na penalidade, mas do jeito que está não pode continuar, chega de tanta impunidade, lembro agora da passagem da Bíblia onde Jesus disse: “bem aventurados os que têm fome e sede de justiça...” Mateus 6, e é o que me consome, fome e sede de justiça, não suporto mais ver ou ouvir que gente inconsequente sai por ai bêbado, e atropela gente inocente e simplesmente sai com uma merda de uma fiança, que pais miserável é esse? PORRA, ESTOU INDIGNADO!!!

Peço desculpas pelos impropérios e os palavrões, vou mantê-los no texto como forma de indignação e revolta por tudo isso, afinal não os considero palavras de baixo calão nesse contexto, e sim interjeições de revolta, dor e profundo sentimento de pesar.

Paulo Cheng