sábado, 28 de abril de 2012

Quem foi rei nunca perde a majestade, será?



Estando no trabalho essa semana, um companheiro tinha deixado alguns DVDs e CDs por lá pra se distrair, então encontrei nesse bolo um cd em mp3 com toda a discografia do Roberto Carlos, coloquei no som e escutei os da década de 60 e início de 70, e me veio a inspiração pra fazer esse post, e pensando, questionei a veracidade do titulo de “rei” designado a Roberto Carlos por todos esses anos, ele é mesmo o rei Roberto ou não passa de mais um mero artista brasileiro dentre milhares de outros?


Bem, vamos aos fatos, o rei Roberto, quer dizer, Roberto Carlos gravou seu primeiro disco no fim dos anos 50, foram 42 (um religiosamente a cada ano) oficiais, fora participações especiais, ao vivo, acústico, etc. enfim, o cara tem material de sobra. A grande popularidade do Roberto adveio da época da Jovem Guarda nos anos 60, e esse movimento foi um mero reflexo da beatlemania e da British Invasion britânica no inicio dos sixties, ou seja, quando as bandas britânicas invadiram a América e dentre elas Beatles, Stones, The Who, The Animals, Manfred Mann, Herman’s Hermits, Gerry and the Pacemakers, The Hollies, ufa, um bilhão delas, e o mundo todo, inclusive o Brasil foi impactado por essa avalanche de bandas e compositores de alta qualidade, dai a inspiração da Jovem Guarda.

Mas voltando a Roberto, outro grande responsável pelo sucesso do rei foi o Erasmo Carlos, que compunham a parceria Roberto e Erasmo Carlos, à semelhança da parceria de sucesso inglesa Lennon/McCartney, não sei como funcionava a parceria brazuca, mas provavelmente dividiam algumas músicas, outras eram de um ou de outro. E comparando a carreira tanto de Roberto como a de Erasmo, a do primeiro logrou êxito considerável.

Na minha opinião, a melhor fase do Roberto foram nos anos 60, já nos 70 até a metade da década também tem muita coisa legal, daí pro final dos anos 70 já não gosto, nos 80 o cara degringolou, desde música pra caminhoneiro até músicas para gordinhas (nada contra elas, em absoluto) o cara se declarou um babão e um chato de galocha, e ai o cara foi embora até hoje, virando um fantoche e objeto exclusivo da Rede Globo, onde todo final de ano é sagrado aqueles especial do cara, e não sei como a Globo cedeu ele pra MTV pra lançar um acústico.

Vou confessar, gosto do Robertão, mas só da fase anos 60 e início dos 70 e só. E ouvindo os discos dele dessa época, até entendo essa nomenclatura de “rei” que ele recebeu, mas acho que essa majestade ficou lá trás, a época dourada dos anos 60, a grande ajuda do parceiro Erasmo, a pouca diversidade na música brazuca de então, enfim, todas essas coisas e outras conspiraram para o sucesso do cara nessa época e a fama de rei até hoje, e abaixo escolhi 10 músicas da melhor fase dele que, sem vergonha nenhuma, gosto e curto muito, e na moral bicho, o cara era uma brasa, mora?


Set list do rei:


Broto do Jacaré 1964;
Pega ladrão 1965;
O sósia 1967;
Não serve pra mim 1967;
Se você pensa 1968;
Nem mesmo você 1968;
Ciúme de você 1968;
Nada vai me convencer 1969;
As curvas da estrada de Santos 1969;
Todos estão surdos 1971.

Paulo Cheng  




















12 comentários:

  1. Paulo, "meu amigo de fé, meu irmão camarada! bichoooo! rsrs

    Seguinte, se for para escolher uma faze do Roberto, escolheria também dos anos 60.
    Mas as músicas, voz, tudo, não tem nada a ver comigo. Fugi a vida inteira dele! hahaha!
    Minha mãe é muito fã dele, e quando eu tinha 15 anos fui obrigada (essa é a palavra), a assistir a um show dele no Gigantinho - ginásio do Inter rrrr, arqui-rival do meu Grêmio. Imagina a situação:
    Roberto Carlos e ainda no Inter.... @##$%&*, conclusão:
    sigo não gostando das músicas, não gosto da voz dele, mas...
    o cara tem um baita carisma de show!
    Fiquei impressionada com isso!
    (mas que minha mãe não me ouça!) rsrs

    Abraçãooo e ótimo domingo para ti e a Michel!

    ResponderExcluir
  2. aiiii... escrevi "faze", esse Roberrrto me deixa pirada, é "fase" bicho!
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Macedo da Silva, Natal, RN.

    Paulo, esse cara é idolatrado aqui no Brasil, e os seus shows são raros mesmo, concordo contigo, acho a melhor fase dele lá nos anos 60, nos 70 tem coisas interessantes, dai pra frente a gente já conhece e não convém comentar, não é? Tenho alguns discos dele nessa fase anos 60 em meu Ipod, vez por outra escuto.

    Um abraço e bom domingo.

    ResponderExcluir
  4. Ficou dele o carisma e atrai público! abração,chica

    ResponderExcluir
  5. Diz a lenda que o Roberto Carlos morreu na década de 70 e depois colocaram um clone muuuuuuuiiiiitooooo ruim no lugar dele. Infelizmente esse clone por força do antigo Rei e pela globo existe aí até hoje cantando bobeiras e musicas feias de dar dó...

    Bela postagem Chengão!

    ResponderExcluir
  6. Meu amigo Paulo,

    Como sempre adoro os seus textos. Todavia não sou um fã de Roberto, aliás nunca cantei as suas músicas. Mas respeito esse fenômeno brasileiro e os seus 42 discos. Uma graade carreira e sem mácula.

    Boam domingo e semana abençoada!

    Lu

    ResponderExcluir
  7. Ai..ai..ai...ai!!
    Aqui quem vos fala é uma FÃ de CARTEIRINHA do Roberto Carlos!! rsss

    Com todo respeito e carinho aos que não curtem esse cantor e compositor, nomeado "Rei" pelas fãs e mídia, mas comentarei o oposto, dizendo que o considero um grande compositor romântico de primeira qualidade, de todos os tempos!
    O Roberto faz parte da minha história, assim como de muitos daquela época, embalando com suas músicas, os nossos bailinhos, nossos namoros, nosso jeito de se vestir, numa época de ditatura política, onde tudo era proibido, que poucos tinham aparelho de TV,mas tinhámos aquela radio vitrola, ou "sonata", meu Deus!! rsss. Contudo, as suas melodias estão entranhadas em nosso imaginário, e dificilmente outro cantor será substituido.

    Mesmo sendo fã,devo dizer que depois nos anos 90 , a safra musical do Roberto Carlos não me agradou, porque eu busco não somente a sonoridade, o ritmo, mas a poesia nas letras. E, a maioria das letras das músicas dele, tem muiiiiiiiita poesia.

    Mas enfim, "bicho", uma fã ardorosa tinha que comparecer pra comentar à favor do "Rei", né mesmo? rss

    Beijos de uma tiete do Rei! Rsss

    ResponderExcluir
  8. Ahhh, eu não poderia deixar de comentar o comentário da querida Luciana Santa Rita, sensível e perspicaz anotou sabiamente: "...fenômeno brasileiro e os seus 42 discos. Uma graade carreira e sem mácula."

    Bjosss de novo!!

    ResponderExcluir
  9. Eu acho roberto carlos brega pra caralho. Na real acho ele o rei do brega (me desculpa reginaldo rossi). Porém, respeito os seus cabelos brancos e seus 42 cds. Mas realmente, o movimento da jovem guarda é uma cópia cara de pau do movimento americano que tu citou. Assim como a tropicalia é um movimento total cópia dos hippies americanos. Na tropicalia fora mutantes, tem umas bandas lado B que são massa. Pq caetano, gil, chico, etc, tudo uns babões, que fazem música intelectuais, que as pessoas confundem-se com profundida (profunda). Enfim... roberto carlos ainda faz sucesso com a velharia.

    Abraçãoo

    ----
    Site Oficial: JimCarbonera.com
    Rascunhos: PalavraVadia.blogspot.com

    ResponderExcluir
  10. Ola Paulo,
    Bela reflexão sobre o Robertão!
    Sabe creio que pensamos da mesma forma com relação ao "rei". Ele ganhou o título mas não o sustenta! Muita coisa boa nos anos 60 e 70 e depois perdeu a mão, como dizem.

    Eu acho que o primeiro disco de rock, forçando uma barra, que ouvi na vida, foi quando era muito pequeno e meu pai colocou na vitrola o disco "roberto carlos em ritmo de aventura"... Eu achava o máximo as outras crianças cantando as músicas infantis da época (a patotinha e coisas assim) e eu cantando: Eu sou terrível vou lhe dizer, e ponho mesmo pra derreter! hehehheheh...

    E uma vez conversando com um amigo ele lembrou uma coisa interessante: além do show dele hoje em dia ser chato, também não tem nenhuma surpresa... são sempre aquelas músicas que tocam naquele especial de fim de ano da globo, que ninguém mais aguenta! (Boa ideia para uma matéria lá no telinha)


    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Crítica <--

    ResponderExcluir
  11. Cheng, eu confesso que nunca curti o Roberto Carlos... nunquinha mesmo! Mas, compreendo que ele adquiriu essa nomenclatura de rei numa época em que arrasou mesmo, aos olhos dos fãs da época, claro! Acho a voz dele um porre... sinto muito! hahahahahahah

    Abração

    ResponderExcluir
  12. Bahhhhhhh... aguentar Roberto Carlos é fogo... rssss A mãe gosta, mas ainda bem que não pede pra escutar a toda hora... rssss
    Eu, pessoalmente, acho muuuuito chato!

    Mas lembro quando era criança (essa é uma memória boa)que nos domingos à tarde... ou quando estava chovendo, eu, a Ana, a mãe e o pai, deitávamos na cama deles e a mãe (ou o pai, não lembro!) colocava no "toca discos" especificamente este disco que tu colocaste a capa na entrada do post. Tinha, a música "A Montanha", que a mãe adora... e a gente sempre acabava cantando em família... claro, eu e a Ana, meio contrariadas... rssss

    Quanto ao Roberto ser Rei, duas considerações: pra mim, rei é o Erasmo, porque as melhores músicas foram em parceria com ele, ou apenas dele.

    E outra: eu tinha um senhor colega de trabalho que sempre dizia, "no Brasil tá tudo errado mesmo, até o 'rei dos cantores' é fanho!"... (referindo-se a RC) rsssss

    ResponderExcluir

Olá queridos, você está em meu site, o paulocheng.com, um espaço onde eu escrevo e posto minhas impressões, meus devaneios, minhas inspirações e sandices, desde já agradeço pelo acesso, lembrando que você não é obrigado a comentar, pois não há uma obrigatoriedade ou imposição, caso você não ache interessante ou esteja com preguiça, não tem problema, o que quero aqui é o prazer acima de qualquer coisa, e não obrigatoriedade, ok? Que Deus possa te abençoar em Cristo Jesus.