O mundo em que habitamos se transformou num verdadeiro
pandemônio, onde as pessoas se transformam a cada dia, os valores perdem seu
valor intrínseco ético e moral da noite para o dia, onde a comunicação fria e
impessoal da internet se tornou a única forma de se relacionar, onde a mentira
traveste-se da verdade e leva milhares ao engodo, enfim, vivemos em tempos onde
não sabemos onde pisar com segurança, e como seria bom se certas coisas fossem
diferentes.
Como seria bom se a educação em nosso país funcionasse a contento; que nossas crianças pudessem ter um espaço onde lhes assegurassem uma educação eficiente, eficaz e profunda, com o qual fosse suficiente para lhes transformar em adultos educados, conscientes dos deveres cívicos e preparados para grande escola que é a vida.
Como seria bom se a nossa justiça penal fosse competente;
e as tantas impunidades que presenciamos no nosso dia dia fosse excessão à
regra; que as nossas penitenciarias realmente pudessem regenerar os criminosos
que adentrassem nela; que não houvesse tantos ‘benefícios’ dado pelo Estado
como saída do dia das mães, indulto natalino, e os presos realmente cumprissem
em regime fechado toda a sua pena; e também os menores criminosos pudessem ter
penas menos brandas e locais mais adequados para se recuperarem.
Como seria bom se os serviços públicos fossem mais
competentes e eficazes; se os hospitais houvesse uma estrutura à altura para a
sua população; que os processos judiciais não demandassem anos para serem
transitados em julgado; que os inúmeros impostos fossem reduzidos ou que eles
fossem realmente investidos e houvesse retorno; se os políticos honrassem cada
voto recebessem de seus eleitores e fizessem um trabalho totalmente voltado
para a população, e não para o seu bel prazer.
Como seria bom se o amor reinasse na humanidade; se os
relacionamentos interpessoais fossem pautados na confiança, lealdade e na
compreensão; as pessoas deixassem as diferenças e o preconceito de lado e se
enxergassem no outro, sem ressalvas e com amor; se os países ricos do primeiro
mundo estendessem as mãos para os países mais pobres não com desprezo ou
inferioridade, mas com altruísmo ou benevolência, tratando-os como irmãos,
pertencentes à mesma raça humana, e não com sentimento mesquinho de facção
étnica ou cultural.
Enfim, como seria bom tanta coisa, porém, nesse breve
momento ufanista, sei que o mundo não é um mar de rosas, onde a fome, a
miséria, a dor, a vingança, o ódio e tantas outras mazelas estão entranhadas
nas sociedades, nas famílias e em nossas vidas. Contudo, sei também que há
coisas boas na vida, há amor em algumas pessoas, há solidariedade resgatando
vidas, há casamentos duradouros, há políticos honestos, há pastores
consagrados, há poetas recitando a vida em verso e prosa, há músicos embelezando
a existência através de suas composições, há professores educando futuros
homens de bem, enfim, ainda há esperança e uma luz que vislumbra um futuro
promissor nascendo no horizonte.
Paulo Cheng
Sempre é bom mantermos a esperança, mesmo em meio ao caos e às intempéries que a vida proporciona. Lógico que o mundo não se transformará um jardim da infância, mas podemos sim contribuir com pequenos atos para que essa existência seja um lugar menos árido, frio e impessoal.
ResponderExcluirNossa!! Me emocionei... me pego pensando assim muitas vezes.
ResponderExcluirTenho filhos, 1 menino e 2 meninas, ambos educados, criados com tanto amor, são crianças adoraveis, onde vou recebo elogio dele, na escola, não há professora, cozinheira, faxineira que não goste deles e que me conheça.
É por eles, que torço e peço a DEUS por um mundo melhor, é por eles que eu torço que este país mude e vire exemplo e orgulho para o povo e para o mundo, capacidades temos, falta coragem para o povo reclamar e ir as ruas em busca de melhorias e falta capacidade dos governantes de mudarem de postura e para de olhar para o próprio umbigo.
Quem sabe um dia... Bj