quinta-feira, 17 de abril de 2014

Os fugazes relacionamentos do século XXI

Imagem extraída da internet
O advento da internet revolucionou os meios de comunicação no mundo inteiro, desde Gutemberg e Graham Bel, as comunicações e os métodos de difusão da informação não sofriam um impacto considerável. Com a internet, o mundo, que até antes das excursões exploratórias da Idade Média, era tido como infinito e desconhecido, se tornou pequeno e instantâneo, através da tela de um computador, de um tablete ou num smartphone, as pessoas podem se comunicar de vários pontos do planeta como se tivessem lado a lado, algo impensável há algumas décadas atrás.


Nunca na história da humanidade as comunicações foram tão eficientes, rápidas e eficazes, porém, nos relacionamentos interpessoais, as comunicações sofreram um abalo, estamos tão perto, e, ao mesmo tempo, tão longe das pessoas no qual nos circundam. As redes sociais estão minando os bate-papos tête-à-tête, os e-mails substituíram as conversas nas calçadas ao entardecer, o whatsapp é mais interessante do que uma visita informal. As mudanças de hábito com a evolução das tecnologias de comunicação fizeram empobrecer os relacionamentos interpessoais. Hoje, é muito mais cômodo sentarmos em nossos PCs, ou simplesmente pegarmos os nossos Smartphones e nos relacionarmos à distâncias com os nossos conhecidos, isso poupa tempo, dinheiro, menos exposição à violência nas ruas, enfim, com a simplicidade e rapidez da internet, podemos interagir com qualquer indivíduo em qualquer parte do mundo sem sairmos de nossas confortáveis poltronas.

As novas gerações, os adolescentes de hoje, já estão crescendo com a cultura das redes sociais, dos smartphones, e outros dispositivos de comunicação via internet, e, simultaneamente desconhecem o prazer da conversa, de um encontro no fim de tarde para bater um bom papo, de se reunir no fim de semana para sair, visitar um parque, conversar sobre natureza, enfim, os diálogos que hoje são travados pela maioria de nós se resumem a compartilhamentos de fotos e vídeos no Facebook, de mensagens instantâneas no Twitter ou Whatsapp e coisas do gênero. Com o passar dos anos, a conversa foi sendo substituída por uma carta, que foi substituída por uma ligação, que por sua vez foi substituída por um e-mail, e que hoje se resumiu as trocas fugazes de mensagens nas redes sociais.

Não sou velho, mas consegui vivenciar um tempo onde não havia internet, telefones celulares, e telefones convencionais eram caros e os orelhões de fichas eram a única opção de ligação, mas os encontros presenciais eram a única forma de se conversar e trocar ideias. Não que toda essa tecnologia que está aí seja de todo mal, facilita e encurta as distâncias, mas jamais deveríamos perder o hábito de nos encontrarmos com os nossos amigos, familiares e conhecidos para uns bons momentos de conversa, nada melhor do que sentar numa praça e bater aquele papão gostoso, rindo alto e sem nenhuma tecnologia se interpondo, sei que a correria do dia dia não nos permite isso com frequência, mas creio que,  se quisermos mesmo, sempre há um tempinho onde podemos reservar para visitar um amigo querido ou um familiar e, ao invés de mandar uma mensagem via face ou whatsapp, falarmos pessoalmente o que queremos, isso é mais eficaz e nos agrega humanidade. Devemos sim aproveitar da melhor forma a internet e demais tecnologias em prol da comunicação, mas sem desprezar o velho e bom hábito de conversar pessoalmente, assim como nos velhos tempos.


Paulo Cheng

11 comentários:

  1. Tuas colocações sábias e verdadeiras! O virtual não pode interferir a tal ponto que as pessoas não se comuniquem olho no olho...

    Que tua Páscoa seja alegre e feliz! abraços,chica

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    1. Olá Chica, você tem toda a razão, devemos sim separar as coisas, lógico também que não devemos desprezar as tecnologias.

      Abração pra ti.

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  2. Cara amei a cor do blog sei que deve ter mudado a algum tempo, mas é que com os problemas e que não são poucos, mais meus 3 filhos que pode não acreditar, mas estão entrando na adolescencia juntos, isso mesmo os 3 juntos e isso tem me pirado, mas meus gatitos, que hoje se soma 13, daí limpar, cuidar,d ar remedios e ainda tem o Rock que cresceu e virou um cavalo... kkkk e ainda a ultima adotada a Brenda uma cadelinha porte pequenino que os donos largaram no quintal abandonada e eu fiquei com dó, pois depois de uma semana lá trancada procurei os donos da casa e peguei ela pra mim e ainda tenho que dar atenção pro maridão é claro, daí quase não uso mais a internet, mas acredite que sinto falta de interagir mais por aqui...
    Cara aqui no meu bairro as pessoas ainda sentam na praça, conversam alto, fofocam, os jovens tbm vão, meu filho mesmo adora, mesmo tendo um Smartphone, ele curte ir pra pracinha com os amigos e as amigas, até por que paquerar ao vivo é muito melhor... rsrsrsrsrs
    Aqui ainda temos aquele ar do interior sabe e eu amo isso, pois curto muito essa tecnologia toda, mas nada substitui uma boa conversa, um bom olho no olho...
    Bom voltar aqui... valeu pela força viu, eu tentarei ir com calma, estou ansiosa pra resolver meus problemas e isso tem me feito mal, eu respondi seu comentário por lá, ok... obrigada pela força.
    Beijão e olhe lá hein, se for ter um gato, pense em adotar, tem tantos por aí precisando de um lar, tenho certeza que se fosse em alguma ong, encontraria um do jeitinho que vc quer.
    Boa sorte com tudo por aí... e se cuide hein, não vai mais dar susto na esposa.

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    1. Oi Jane, aproveite esse clima interiorano ai, pois, a modernidade está minando isso, e, com o tempo, esse hábito de sentar numa praça pra conversar, vai se tornar coisa do passado, espero que não. E como te falei lá no teu blog, vai com calma, pense várias vezes antes de tomar qualquer decisão, e tome a mais acertada. E essa fase é complicada, mas se o adolescente tiver uma boa base familiar, e creio que os seus filhos têm, vão saber conduzir a coisa sem muitos grilos, estou na torcida.

      Grande abração pra ti.

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  3. Oi Cheng
    Mais um belo texto escrito por vc meu amigo. Concordo plenamente contigo, e vou mais longe, acredito que vivemos numa época em que as pessoas não querem pensar, toda essa modernidade além de afastar as pessoas estão deixando-as mais alienadas e preguiçosas, é o que eu penso.
    bjos.

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    1. Lu querida, penso igual a você, toda essa tecnologia tem deixado as pessoas com preguiça de ler e escrever, por isso redes sociais como Facebook, Twitter ou Whatsapp afastou algumas pessoas dos blogs e sites afins, porém, tem uma fase do pastor Ricardo Gondim que disse: "o livro sobreviverá ao mundo digital".

      Grande abraço.

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  4. Muito bom teu texto.Ando repensando muito sobre a "rede".Não estou curtindo mais esse mundo tão exposto e tão fácil.
    Como vc,estou preferindo os encontros pessoalmente e as "claras".
    Parabéns por continuar na ativa no blog,depois de terem caído tanto as visitas com o Face.
    Namaste!

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    1. Emily, um prazer ter vc novamente por aqui, as redes sociais tem sua importância, porém, sinto falta do corpo a corpo, de conversar pessoalmente com as pessoas, gosto de blogar, de derramar a alma através dos textos, coisa que as redes sociais não proporcionam isto, nem um olho no olho, nem a possibilidade de postar textos densos, pois as pessoas perderam a tesão para ler e comentar.

      Abração pra ti e sinto falta do teu blog.

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    2. To pelo blog,Paulo,só pra não perder o costume.Pra mim escrever é terapia!
      Obrigada!

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  5. Querido Paulo, belíssima pauta. Esse é um tema que merece uma profunda reflexão por parte da sociedade. Veja só você quanta ironia, a internet, logo ela, que acabou encurtando distâncias, acabou também distanciando pessoas. Chega ser irônico isso, mas é fato. As pessoas não se relacionam mais como antes. Sinceramente, não tenho esperanças de que esse tempo possa voltar. A sociedade terá que de alguma forma se adaptar a essa nova realidade. Nos restaurantes é comum vermos casais jantando ou almoçando e, mesmo estando ali tão próximas, parecem tão distantes. A família não se reúne mais para o almoço ou jantar. Muitos fazem isso diante de um computador mesmo. Bem-vindo a modernidade Paulo, eu, você e outros que como nós, também meio que se assustam com tudo isso. Um grande abraço meu amigo.

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    1. Paulo César, concordo contigo, e, para a nossa tristeza, acho que a tendência é esta, as fronteiras sendo encurtadas pela tecnologia, porém, as pessoas distantes uma das outras e se escondendo atrás das redes sociais e da internet sem querer se expor.

      Abração pra ti e obrigado pelo comentário.

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Olá queridos, você está em meu site, o paulocheng.com, um espaço onde eu escrevo e posto minhas impressões, meus devaneios, minhas inspirações e sandices, desde já agradeço pelo acesso, lembrando que você não é obrigado a comentar, pois não há uma obrigatoriedade ou imposição, caso você não ache interessante ou esteja com preguiça, não tem problema, o que quero aqui é o prazer acima de qualquer coisa, e não obrigatoriedade, ok? Que Deus possa te abençoar em Cristo Jesus.