terça-feira, 10 de março de 2015

Os valores paradoxais da riqueza e da pobreza



Desde os primórdios da sociedade que sempre houve abismos sociais, pessoas abastadas, vivendo nababescamente, em detrimento de pessoas miseráveis, em condições subumanas, tentando sobreviver como animais. Em determinadas sociedades, ou melhor, em todas delas, o trabalho dos pobres financiam a riqueza dos ricos, de uma forma ou de outra, é um abismo que nunca vai se findar.
 
Contudo, pelos padrões estabelecidos em nossas sociedades, ricos sempre tiveram tudo, e os pobres, sempre careceram de tudo; os ricos detêm o poder, terras, dinheiro, mando político, autoridade, inteligência acadêmica, títulos, enfim, os ricos passam a impressão de disporem de tudo e de nada precisarem; contudo, os pobres passam a imagem de miseráveis, desnudos, necessitados, carentes, pessoas que precisam ou necessitam de tudo. Mas será que o dinheiro e os bens satisfazem plenamente os seres humanos? Será que verdadeiramente os ricos se saciam em seus bens materiais? E os pobres, será que somente o dinheiro podem suprir as lacunas de suas vidas?

Sem querer generalizar, mas boa parte dos ricos são miseráveis e carentes, pobres, possuem tudo e, ao mesmo tempo, não possuem nada. Alguns ricos, por terem muito, sentem-se melhores do que outros, a arrogância e a prepotência são suas companheiras mais íntimas, muitos deles retroalimentam a ganância, um mal que corrói feito câncer o nosso caráter nos fazendo cobiçar mais, sempre mais, e a ganância faz com que, tudo o que temos, por mais que seja, ainda é insuficiente, tornando alguns seres  humanos desalmados, sedentos por poder e dinheiro, passando por cima de tudo e todos para conseguir amealhar sempre mais.

Quem são os verdadeiros ricos e pobres? Ricos são aqueles que priorizam a vida, a inteligência, o altruísmo; pobres são aqueles que tem tudo e negam ao seu próximo, tem dinheiro e não tem amor, tem riquezas e são destituídos de compaixão; ricos são os que são sensíveis ao belo, que se alegram com um por do sol, que amam a Deus e aos seus semelhantes, são os que sentem sede insaciável por justiça, que prezam pela honestidade acima de tudo; Pobres são os desonestos, os corruptos, os que desviam milhões de reais destinados à merenda escolar de crianças pobres, são os que estão em altos cargos de chefia e não cumprimentam os seus subordinados mais baixos, são os que detêm milhões de reais em suas contas bancárias e negam um pão ao um faminto nas ruas. Ricos e pobres, quem são os verdadeiros ricos e pobres em nossas sociedades? Os parâmetros sociais em nossas sociedades são deturpados, dizem que, os que são ricos são os poderosos, os empresários, os banqueiros, os mega investidores, os que possuem terras, patrimônios gigantescos, e os pobres são os favelados, os indigentes, os que perambulam pelas ruas famintos, os que são assalariados, contudo, os verdadeiros valores, os valores da vida, da ética, os valores espirituais, e os valores eternos, dizem o contrário, rico é aquele que é, e pobre é aquele que tem.



Paulo Cheng

2 comentários:

  1. Desde que o mundo é mundo, a humanidade se divide entre pobres e ricos, claro, não com a distância que os separam hoje, principalmente em países onde a riqueza é sustentada por quem pouco tem. Há países evoluídos no campo da política, econômica e social, que há pobres também, porém, não são desprovidos de tudo aquilo que permite um cidadão viver de forma digna. Os pobres desses países poderiam ser classificados de ricos se comparados aos pobres de outros países, inclusive os pobres do Brasil.

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  2. Rapaz, quanto tempo que eu não aparecia por aqui.
    Bateu uma saudade.
    Como você bem disse meu chapa, a noção de riqueza e pobreza é muito além da mera questão financeira.
    Um grande abraço e um ótimo fim de semana.

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