Photo by Paulo Cheng |
O
ser humano sempre foi atraído pela riqueza, status, poder, e o
dinheiro sempre proporcionou tais atrativos, um trampolim para as
pessoas sairem do patamar de pobreza e ascenderem a uma vida
abastada, nababesca, farta. E para que tal situação se materialize,
muitos sãos os caminhos para as pessoas amealharem riquezas, desde
os itinerários lícitos, até os mais nefastos e abjetos, às vezes,
vale tudo na corrida insana para ser rico.
O
dinheiro tem o poder de entorpecer as pessoas, de subverter valores,
de estilhaçar regras, e de desfigurar convicções. Na sanha de
enriquecer, inumeras pessoas cometeram barbáries e atrocidades no
decorrer da história, desde escravidão a torturas, de guerras a
genocídios, as riquezas têm o poder avassalador de destruir
famílias, sociedades, reinos e nações.
As
riquezas seduzem, entorpecem, anestesiam as pessoas, e lhes dão uma
falsa sensação de onipotência, de segurança e de estabilidade,
contudo, tal sensação é superficial e ilusória, pois, as riquezas
são voláteis, e não conseguem dar nenhum tipo de garantia de forma
mais peremptória. Na Bíblia Sagrada, Jesus discorreu de forma
veemente e profunda sobre o teor das riquezas e seus valores
intrínsecos, segue o texto em Mateus 6:19-21: “Não ajunteis
tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os
ladrões minam e roubam; mas ajunteis tesouros no céu, onde nem a
traça nem a ferrujem corroem, e onde os ladrões não minam e nem
roubam. Porque onde estiver a vossa riqueza, ali também estará o
vosso coração”.
Não
são poucas as pessoas que devotam toda uma vida no afã de amealhar
riquezas, fortunas, e a tal “estabilidade financeira”, e com isso
sacrificam a sua vida, tempo, relacionamentos, família, e a saúde;
labutam dia e noite com o rígido propósito de engordarem suas
contas bancárias, seus investimentos, patrimônios e ações, como
se o escopo primordial de nossa existência fosse trabalhar para
enricar, não obstante, há ainda outra coisa nefasta nesse
propósito, o de colocar toda a confiança na falsa segurança das
riquezas, e foi justamente nisso que Jesus condenou a relação dos
homens com as riquezas, não que elas em si fossem de todo o mal,
contudo, foi o poder que ela gera e o sentimento no qual dispomos em
relação às riquezas, pois se deixamos de confiar Naquele que é o
Criador de todas as coisas para depositarmos a nossa esperança no
dinheiro e riquezas, deixamos que a lucidez e a sabedoria sejam
substituídas pela loucura e insensatez.
Viver
bem não consiste em gozarmos uma vida nababesca e farta de bens
materiais, obviamente que tudo isso traz uma vida confortável e abre
portas, mas não é sinônimo de uma vida integralmente plena e
isenta de percalços, as pessoas mais humildes e pobres podem sim
viver de forma aprazível e próspera, mesmo em meio às dificuldades
financeiras. Quando priorizamos valores sublimes, quando enaltecemos
o belo, quando enobrecemos os valores ético-morais e espirituais,
sim, angariamos a verdadeira riqueza, aquela onde a traça e o
ferrugem não conseguem deteriorar, nem onde ladrão algum consegue
afanar, é esta riqueza no qual se torna atemporal, eterna, e que
consegue tornar verdadeiramente ricos os seres humanos, independente
do quão abastados materialmente sejam. A verdadeira riqueza é
intangível, subjetiva, abstrata, e se esconde dentro do coração e
da alma daqueles que detêm sensibilidade necessária para
percebê-las.
Paulo
Cheng
Coisas grandiosas não são as verdadeiras riquezas da vida. Pra mim é poder ter saúde e paz! Viver pequenos momentos quase normais para uns, nos nossos dias, e enmcará-los como presentes... Valem muito! abração,chica
ResponderExcluirSe não tivermos saúde e paz no coração, as demais coisas se tornarão meros subterfúgios sem importância alguma. Grato pelo comentário querida Chica.
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