quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Revolução Russa: o banho de sangue bolchevique

Imagem extraída da internet
A revolta do proletariado leninista foi um dos maiores eventos do século XX, e que influenciou de forma direta e indireta os rumos dos países europeus, principalmente os do leste, e os seus desdobramentos foram igualmente nefastos. O que se seguiu à outubro de 1917 foi um dos acontecimentos mais escabrosos e violentos de toda a história da humanidade. Por que os bolcheviques foram tão crueis e de onde provinham esse ódio assassino em nome de uma revolução?


A Russia czarista vivia um momento complicado na era pré revolução, a família Romanov enfrentava crises e insatisfações devido à sua incapacidade de gerenciar a sociedade, e os comunistas, ou sovietes, já estavam se articulando e engrossando o filão de insatisfação em relação à Nicolau II. Com a derrubada da família imperial e a instituição do governo provisório de Kerenski, uma parte do partido menchevique, aliado aos sovietes, membros do operariado russo ou bolcheviques, mas em outubro de 1917, os bolcheviques puseram em prática a tomada do poder, e na base da baioneta, subjugaram o exército vermelho e assumiram o poder, visto que, ao contrário da malograda revolução de 1905, esta logrou êxito e pôs abaixo o regime czarista. Mas o que se seguiu foi um início de barbárie nunca dantes presenciado na história humana. 


O ódio dos bolcheviques, de imediato foi direcionado à algumas classes da sociedade russa, os agricultores e fazendeiros, os religiosos, os apoiadores da família imperial, principalmente a família de Nicolau II, e a todos os que eram contra ao partido bolchevique e ao novo status quo. E o terror, como forma de manipulação das massas, foi imposta de forma peremptória e incisiva, e os assassinatos à sangue frio foram a tônica do início do primeiro país comunista do planeta. A alta cúpula do partido comunista, encabeçada por Lenin, Trotsky, Stalin e demais correligionários, eram adeptos à violência como forma de intimidação e consolidação de poder. Os artifícios belicosos e excusos utilizados por Lenin para perpetuar a sua revolução do proletariado foram as mais desumanas e crueis utilizadas até então, o terror disseminado não poupou famílias, jovens, crianças, idosos, e quaisquer pessoas nos quais os bolcheviques julgassem "inimigos" do partido e da revolução.


Os escritos de Marx, demonizando de forma equivocada o capitalismo e o livre mercado, fez com que Lenin se voltasse de imediato contra os produtores rurais, pondo em prática a coletivização (tomada á força da produção agricola dos pequenos, médios e grandes agricultores) e a expropriação das terras dos kulaks (camponeses e famílias ricas do campo), fazendo que, toda a produção do campo fosse estatizada, e o expurgo dos kulaks, assassinando imediatamente os resistentes, e conduzindo a outros para os temidos Gulags (campos de concentração e trabalhos forçados russos). O extermínio dos inimigos foi a tônica nos primeiros meses que se seguiu á Revolução Russa, Lenin instaurou a violência em níveis estratosféricos, um dos exemplos foi a morte de toda a família do czar Nicolau II, que aprisionados durante algum tempo, foram executados a sangue frio com uma saraivada de tiros à queima roupa, tanto ódio de Lenin para com os Romanov se deve ao fato do irmão mais velho dele, Alexandr Ilyich Ulyanov, que planejou a morte do czar Alexandre III, e como não logrou êxito, e que fora enforcado em 1887, o que fez com que Vladmir Ilyich Ulyanov (Lenin) intensificasse seus estudos, se formando em Direito, e mergulhando na obra de Marx e Engels. 


A cólera aos religiosos também foi sentido na pele por estes, visto que, Marx era ateu e preconizava que iria destronar Deus e assentar o comunismo em seu lugar, e inúmeras igrejas foram fechadas, saqueadas e destruídas, assim como inúmeros líderes cristãos foram assassinados de imediato, mostrando que, comunismo e religião são incompatíveis. A carnificina se fez sentir em todas as camadas da sociedade russa, a fúria sanguinária do comunistas fez milhares, ou melhor, milhões de vítimas inocentes nos primeiros anos que se seguiu à revolta do proletariado. A Tcheka (que de pois se transformou respectivamente em GPU, NKVD e KGB), a polícia do partido comunista, foi responsável pelas maiores atrocidades, invadindo vilarejos e executando famílias inteiras, torturando mulheres grávidas, crianças e idosos sem escrúpulos algum. 


Mas uma pergunta ainda incomoda: por que os bolcheviques usaram de tanta violência para com uma população indefesa e desarmada para se perpetuar no poder, visto que, naturalmente os comunistas iriam chegar ao poder sem precisar se utilizar da violência de uma revolução, pois o número de comunistas vinham aumentando absurdamente dentre a casta de políticos na Europa? A responsa mais plausível é a que, os bolcheviques usaram de uma violência gratuita e animalesca por puro prazer, algo inerente a esta ideologia nefasta que é o comunismo, pois desde as bases teóricas produzidas por Marx, já se preconizava uma violência necessária para a instalação da revolução do proletariado, e se retrocedermos mais um pouco no tempo, a Revolução Francesa, que foi a grande fonte inspiradora do comunismo, fora pautada por uma violência gratuita e luciferiana. E tal violência foi seguido á risca, e talvez recrudescida por Stalin, Mao, Pol Pot, e demais sectários do comunismo. 


É inegável que o comunismo foi a ideologia que mais matou na face da terra, dependendo das fontes históricas, o comunismo matou de 120 a 200 milhões de pessoas, o que coloca o nazismo no chinelo. Em virtude disto, o comunismo deveria ser criminalizado no mundo todo, e principalmente nos países onde ele mais trucidou. Um dos poucos exemplos é a Polônia, que o colocou em pé de igualdade ao nazismo (a Polônia foi duplamente trucidada pelo nazismo e comunismo), tornando crime a propagação e disseminação dessa nefasta ideologia. E por incrível que pareça, o comunismo ainda é disseminado em diversas partes do mundo, e genocidas como Lenin, Stalin, Mao, Fidel, Che, ainda são ovacionados pelas novas gerações, desprezando os milhões de inocentes mortos, torturados e expurgados por esses canalhas inimigos da humanidade. Até que o mundo tome consciência de que o comunismo foi um dos maiores cancros da humanidade, gerações de jovens perpetuarão as falácias dessa ideologia maléfica, e até que as gerações presentes olhem para trás e enxerguem o genocídio que ele cometeu em diversas partes do planeta, infelizmente ainda continuaremos a conviver com este fantasma negro a rondar nossas sociedades, com a promessa de um mundo melhor, uma sociedade justa e igualitária, mas que esconde em sua esteira, dor, fome, tortura, perseguições e mortes, muitas mortes. 



Paulo Cheng

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