Devido à nossa limitada compreensão de Deus, comumente nos perguntamos, por que Deus, um ser incriado, onipotente, onipresente, onisciente, detentor de toda a glória e majestade e dono absoluto de todas as coisas, nutre um interesse e amor para conosco, míseros pecadores e cheios de erros e pecados?
Não conseguimos conceber ainda a ideia de um ser infinito e cheio de poder se importar tanto com seres finitos e tão insignificantes como nós.
O amor de Deus para com sua criatura, ou seja, por nós, é algo tão magistral e sublime quanto incompreensível e complexo.
Ao lermos as Escrituras Sagradas para tentarmos desvendar um pouco da personalidade de Deus, conseguimos é ficar mais e mais perplexos e atônitos com o modo de agir e pensar deste ser supremo que está tão longe e, ao mesmo tempo, tão perto de nós.
Há questionamentos milenares que provavelmente um dia serão plena ou parcialmente respondidos e outros jamais tomaremos ciência.
Por exemplo: quem é Deus? Como é um ser que nunca foi criado? Qual é a essência que constitui intrinsecamente Deus? Como funciona a correlação e coexistência entre Deus, Jesus e o Espírito Santo que formam a Trindade Santa? Por que Deus criou o homem e permitiu que ele se desviasse para o mal? Por que Deus permitiu que Jesus se tornasse humano, sofresse aquelas excruciantes torturas, fosse morto numa cruz e não concebeu um plano que exigisse menos sacrifício de si? Enfim, são tantas incógnitas e lacunas a serem preenchidas em nossas mentes acerca de Deus que, quanto mais nos achegamos a ele, menos o conhecemos.
Mas diante de tantas duvidas acerca de Deus, temos alguns insights de sua personalidade e de seu modo de agir e pensar personificados em Jesus, seu Filho e também Deus nos relatos das Escrituras Sagradas.
A encarnação de Jesus, sua breve trajetória aqui na terra, bem como sua morte, ressurreição e ascensão nos aponta para alguns traços da personalidade de Deus.
No Evangelho de João, capitulo 14, versículos 8 ao 10, o apóstolo Filipe trava um dialogo enigmático com o Mestre Jesus: “Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não crês que estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.”
O que vem a ser isto? Como podemos ver Deus na pessoa de Jesus se eram pessoas distintas? Bem, a Bíblia também nos dá uma luz no que tange a isso, apesar de serem pessoas distintas, também eram uma pessoa só em essência, formando a complexa e incompreensível Trintade Santa junto com o Espírito Santo.
Diante disto, podemos então perceber que, Jesus tendo a mesma essência e também sendo o Deus Filho, estava agindo como Deus. O modo como Jesus se relacionava com as pessoas, não fazendo distinção entre elas; os sentimentos que nutria por elas; os atos sobrenaturais e miraculosos; o senso de justiça; o amor incondicional para com o próximo; a aversão explicita pelo mal; a plena segurança com que falava de si; as palavras inefáveis e misteriosas com que discorria sobre o mundo espiritual e à eternidade nos dá um parco, mas significativo esclarecimento dos pensamentos, vontade, desejos, caráter e modo de agir de Deus.
Não quero entrar nos escopo dos diálogos travados por Jesus e Deus, pois fogem à previsibilidade lógica de nossas limitadas mentes.
Não obstante a tudo isto, podemos nos convencer que, Deus, apesar de intangível e enigmático, é dotado de compaixão, afeto, misericórdia, justiça, poder, glória e sua essência é todo amor.
Amor esse que nos criou, nos dotou de livre arbítrio para seguí-Lo ou rejeitá-Lo, concebeu um plano de salvação através de Seu Filho Jesus, nos perdoa incessantemente e que nos preparou um lugar para passarmos toda a eternidade futura ao seu lado.
Podemos ainda nos perguntar: como pode existir um ser tão bom, amoroso, justo, sensível, reto, poderoso e que nos ama incondicionalmente?
A resposta é simples: sim, existe e a grande prova disso está na pessoa de Jesus, seu Filho Amado.
Paulo Cheng
Macedo da Silva, Natal, RN.
ResponderExcluirPaulo, vc foi fundo aqui na reflexão sobre Deus, realmente pensarmos em Deus é algo abstrato, intangível, mas é um ser que, apesar de todos os mistérios que o cerca, Ele existe e está por trás de toda a criação. Lindo texto meu querido e linda música também.
Olá Paulo
ResponderExcluirReflecti esta manhã contigo.
Se eu entendesse Deus seria como Ele e isso será de todo impossível.
Santo Agostinho tentou compreender estes pensamentos e também se ficou no início embora tenha escrito muitos livros.
Jesus nos foi dado para que por Ele todos cheguem ao Pai e ao Espírito Santo.
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Tu tens na tua vida os teus brinquedos preferidos. Por alguns darás a tua própria vida.
Nós todos neste universo de raças, cores , nomes e línguas somos os brinquedos de Jesus - Deus.
A grande diferença está em sermos capazes de entender e aceitar esse amor de Jesus - Deus com um rosto e uma vida de sofrimento para nos resgatar para o seio da Vida infinita juntos à mesa do PAI.
Deus é um "ser" tão cheio de amor que nos criou a sua imagem e semelhança. Mas como o ser humano é burro, descrente e tem a visão curtíssima da vida, precisou mandar o seu filho para termos a certeza de que tudo era verdade. Mesmo assim, ainda hoje, tem gente que não acredita.
ResponderExcluirAí está a grandeza de Deus... o livre arbítrio... muito bem colocado no teu texto, Paulo! UM conjunto de frases e parágrafos muito rico e cheio de reflexões... ótimo!
Gostei demais do texto.
ResponderExcluirPenso que creio*... isso basta; ai de mim se não sentisse o Ar puro* das manhãs, se não pudesse ver e sentir o Sol que nos aquece*, e a energia que vem da Natureza*, enfim tudo!
Ah, é bem clara pra mim a existência Dele*.
Gostei muito do comentário do Luís, só fortaleceu minha fé*...
Um forte abraço, me fez um imenso bem vir aqui e ler-te*))
Bom fim de semana pra ti.
Mery*
Paulo, tudo bem?
ResponderExcluirExcelente reflexão!
A força Divina é tão Divina e Superior que até nos concedeu o tal de livre arbítrio, para, entre outras coisas, o ser humano acreditar ou não nele. E isso é maravilhoso!
Grande abraço, amigo e beijinhos na Michel, mas diz para ela tá bom?
a tua pergunta inicial é inquietante, paulo. como poderá isso ser, deus, o ser que concebe a perfeição, apaixonar-se pelos seres que lhe dão má fama - os homens.
ResponderExcluirtalvez a resposta seja "por isso mesmo"; é que há leves encantos em algumas transgressões.
um forte abraço!
p.s. recebeste o meu mail?
Paulo, meu irmãozinho!
ResponderExcluirQue belo texto! De se meditar por dias!
Tudo o que está escrito aqui é verdade e intrigante... O que fazer então? Acreditar em Deus já é um bom começo e a única verdade absoluta!
Um abraço!