sexta-feira, 6 de julho de 2012

Blogagem coletiva: Espiritualidade



Falar sobre espiritualidade é complicado, nunca há um consenso, a fé é algo pessoal, uma convicção íntima, e quando se é questionada, inevitavelmente descamba em divergências, inimizades, e por vezes em para o ódio e intolerância. Mesmo num país ‘laico’ e ‘democrático’ como o nosso, nem sempre é fácil expor sua crença ou convicção espiritual. Ao mesmo tempo proselitismo ou fanatismo são igualmente nocivos.


Neste post vou discorrer sobre minha fé, no que e em quem creio, mas antes de mais nada, não quero afrontar a fé nem a descrença de nenhum leitor aqui, respeito a religião e a convicção espiritual de todos e, nesse clima de respeito mútuo, venho expor e não impor as minhas convicções espirituais, por isso não se sintam obrigados a comentar, também aceito comentários contrários, porém sem ofensa ou rusgas.

Até os 18, 19 anos de idade, nos idos de 1990, eu não cria em nada, era mais um católico nominal, ou seja, quando questionado sobre qual a minha religião, sempre me dizia católico, mesmo sem nunca participar de missa nenhuma, o que normalmente acontece com as pessoas, não todas. Lá pelos 20 anos ou 21, não lembro bem, não sei se foi por uma música que ouvi no rádio ou um programa de TV, comecei a despertar um interesse pela palavra de Deus e por Jesus, e pasmem, comecei a frequentar a famigerada Igreja Universal, sim, essa mesma do empresário gospel p Edir Macedo, e na época já presenciava toda essa palhaçada que vemos na TV hoje, não mudou nada, mas como era um neófito, e estava no começo de minha trajetória espiritual, estava lá com o coração sincero e ávido pela presença de Deus, buscando-O com sinceridade, e acho que frequentei esta seita por uns 4 anos, mas indo esporadicamente, daí notei que algo não se encaixava no lugar, então decidi mudar de igreja, e no ano de 1995 comecei a frequentar uma igreja Batista bem perto aqui de casa, no ano seguinte, em 1996, me batizei e me tornei membro de lá. Em 1998 eu conheci a Igreja Congregacional, e comecei a frequentar, também aqui em Olinda, e decidi frequentar e me tornar membro, e foi na Congregacional que verdadeiramente amadureci e cresci como cristão, desenvolvi vários talentos lá como pregar, cantar, tocar (já tocava nos bares da vida desde os anos 90), dirigir cultos etc.  e nesse ínterim, em 2005, conheci a Michel Cheng em uma congregação  Batista onde eu ajudava, bem, minha passagem pela Congregacional se deu de 1998 à 2010, onde me mudei depois de casado, e no novo bairro onde passei a morar, comecei a frequentar a comunidade Presbiteriana, onde atualmente frequento, com pessoas maravilhosas e sérias.

Sou cristão, também poderia ser denominado como protestante, crente, evangélico (porém este termo evangélico  procuro me desvencilhar, visto que este termo soa hoje em dia como pejorativo, e pelo próprio movimento evangélico ter perdido seus referenciais, agregando às suas práticas ritualísticas elementos nocivos aos elementos bíblicos, como sincretismo, teologia da prosperidade, ventos de doutrina, superficialidade teológica, assim como institucionalização denominacional no qual as igrejas e denominações se transformaram em instituições religiosas e não lugares sadios onde se prega o Reino de Deus, por isso essa pecha de evangélico ter se tornado pejorativo, vago e impreciso, isso sem falar da ligação e atrelação aos movimentos neopentecostais como Igreja Universal, Mundial, Internacional da Graça, onde falsos mestres como Edir Macedo, Valdomiro Santiago, RR Soares e outros têm deturpado o genuíno Evangelho de Cristo”, por isso, hoje gosto de ser chamado simplesmente de cristão, ou servo de Deus.

Creio em Deus, Criador de todas as coisas, um ser incriado, Onipotente, Onipresente e Onisciente; creio em Jesus Cristo, Filho de Deus, também Deus, consumador da minha fé, onde se fez carne, veio ao mundo e cumpriu sua missão salvífica para com a humanidade, onde todo aquele que nele crer, não perece, mas tem a vida eterna, João 3.16; creio no Espirito Santo, parte da Trindade Santa, também Deus, em essência, e essa Trindade são três pessoas distintas, mas uma só em essência, não me perguntem como isso funciona, homem nenhum poderia explicar, isso entra na esfera da fé, é crer ou descrer; creio na Bíblia Sagrada como sendo a Palavra de Deus escrita através de homens inspirados através dos tempos pelo Santo Espirito, nela encontramos a vontade de Deus para conosco, assim como questões relacionadas como vida, morte, salvação, segunda vinda de Jesus, etc.;  Creio que Jesus é o ÚNICO caminho do homem ter acesso à Deus, Jesus não é uma religião, como a maioria da humanidade crer, nem muito menos veio aqui fundar uma religião ou corpo de doutrinas ou dogmas, mas sim veio aproximar o homem do seu Criador, e também creio que não há outro caminho para ter acesso á Deus fora de Cristo, não creio na veneração de Maria, onde a religião católica crer ser ela a ‘intercessora’ entre Deus e os homens, nem em ‘santos’ nenhum, todos eles foram homens comuns, com defeitos, pecados e virtudes, mas que creram em Deus, o conceito de ‘santo’ que o catolicismo levanta onde alguns homens são canonizados e atingem um patamar onde podem se tornar pessoas que assumem uma posição de ‘intercessor’ entre os homens e Deus é errônea, pois o próprio Jesus deixou claro em João 14.6: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, e ninguém vem ao Pai se não for por Mim”, isso diz tudo, não sobrou outro caminho para irmos, creio nisto.

Pra finalizar, procuro ser um cristão simples, verdadeiro, zeloso sem ser religioso, tenho meus defeitos e não tento escondê-los, não me submeto a legalismos, usos e costumes, hipocrisias, e abomino quem mercadeja o sagrado para proveito próprio. Gosto de me relacionar com as pessoas, independente de suas crenças e religiões, procuro não misturar as bolas, amizade é uma coisa, convicção espiritual é outra, tenho amigos católicos, umbandistas, kardecistas, exotéricos e até agnósticos ou ateus, isso não abala em nada minha fé em Cristo, afinal de contas, Jesus disse que o cerne do Evangelho consiste em amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a si mesmo. Procuro não ser um cristão aloprado, bitolado, me isolando do mundo e das pessoas que não professam a mesma fé que eu, onde se enclausuram no se mundinho encantado ‘gospel’ e demoniza tudo o que não for ‘sacro’, desses tenho procurado fugir. Gosto de ler de tudo, ir ao cinema, escutar músicas não sacras (ou do mundo como a crentalhada diz, kkk), enfim, procuro me informar, me aculturar, levando sempre a máxima do Apostolo Paulo (esse sim era Apóstolo) onde ele vaticina: “aprendei de tudo, retei o que for bom” 1Tessalonicenses 5.21, logicamente não absorvendo aquilo que venha de encontro aos valores da Palavra de Deus e que são nocivos princípios éticos e morais que professo. Enfim, procuro ser um cristão normal, que respeita as diferenças e procura ser respeitado, gosto de expor a minha fé, e não impor,  dizendo a todos que ser cristão não é ser um ET ou um ser ignaro, estúpido, aloprado, é ser uma pessoa que crer em Deus, Jesus, no Espirito Santo, e que pode se relacionar com todos, sem preconceito ou sectarismo, e assim sou eu, essas são as minhas crenças e que Deus te abençoe amados.


Paulo Cheng 

43 comentários:

  1. OLá Paulo, boa tarde!

    Essa não é a primeira vez que venho ao teu blog, e já fiz leitura sobre a sua Fé embasada na espiritualidade que você tempos atrás discorreu tão brilhantemente!

    Também como você, dissertei sobre a minha espiritualidade.

    Não me detive em falar sobre Religiões, ou da religião a qual sou adepta,( Doutrina Espírita) porque entendi, que a Blogagem Coletiva pedia a temática "espiritualidade", ou a experiência do blogueiro(a)com ela. Nesse campo, não pode haver dissensão ou discórdias, críticas ou censura, porque a espiritualidade é vivência íntima, do indivíduo, e como fenômeno da alma, constitui o atributo que faz parte da essência do Ser, a qual é direto e deve ser respeitada!

    Parabéns por sua participação brilhante nessa Blogosfera Coletiva , adorei!

    Beijos e abraços da amiga para sempre!

    Lu...

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    1. Concordo com você, falando genericamente sobre espiritualidade não pode haver dissenção, cada um crer naquilo que acha correto, optei no meu texto em expressar a minha fé em particular.

      Obrigado pelo comentário.

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  2. Olá, Paulo!
    Muito interessante o seu texto! Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a maneira de expor a sua crença, sem impor as suas ideias como sendo verdades absolutas. Acho isso admirável!!!
    Também gostei muito quando disse que Jesus Cristo não é religião e que ele veio à Terra para nos aproximar de Deus. Valeu a pena visitar o seu blogue!
    Voltarei outras vezes!

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    1. Oi Isa, falei aquilo que creio ser Jesus e o que a Bíblia diz sobre ele, lógico que outras pessoas têm uma visão diferente sobre Cristo, mas tento compartilhar as minhas impressões sobre minha fé, sem ofender a fé de outros.

      Abração.

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  3. Olá Paulo, gostei muito de seu post.Dificilmente vemos pessoas com uma opinião tão bem formada. Um grande abraço e que Deus te abençoe também.

    http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com.br

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    1. Valeu Verinha, espero ter passado o meu recado neste post. Um abraço.

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  4. Olá, Paulo Cheng!!
    Gostei tanto do que você disse, que já estou te seguindo.Te aguardo tbm,ok?
    Falamos a mesma linguagem,portanto torna-se mais fácil comentar.
    Tudo que vc relatou ,concordo!!!
    Tbm acho que o termo cristão fica melhor!!Sou da Igreja Nova vida de Piedade, aqui no Rio de Janeiro. Tbm não sou bitolada e nem religiosa.
    Eu e minha família servimos ao Senhor!!
    Deus te abençoe.Beijos no core.
    Soninha.

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    1. Oi Soninha, que bom, fico feliz por sua fé em Jesus, e com certeza o termo cristão soa mais verdadeiro, e crer em Jesus não é ser religioso, temos liberdade e não somos bitolados em dogmas.

      Um grande abraço pra ti.

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  5. Olá!Boa noite!
    Tudo bem?
    Parceiro...
    ...puxa vida, você fez uma bela análise de si mesmo baseado nesse tema. É sempre bom refletirmos sobre nós mesmos, e depois compartilhar...admirável a sua explanação, sem que , em momento nenhum, tenha tentado pespegar qualquer verdade à nós...gostei de ver, que você , nesse processo todo, teve humildade, em reconhecer que um caminho escolhido,não era o que você queria para sua vida...e finalmente, respeito e carinho,com as outras pessoas, mesmo que sejam de crenças ou religiões diferentes... parabéns pelo texto, por participar desta Blogagem...
    Obrigado pela visita!
    Bom final de semana!
    Abraços

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    1. Olá Felisberto, que bom que você entendeu a minha proposta nesse texto, que foi justamente passar a minha fé, sem receio ou medo do que os outros pensem, devemos ser verdadeiros naquilo em que cremos, se sou cristão, devo apregoar aos quatro ventos que sou cristão, mas tenho o maior respeito com outras pessoas que professam uma fé diferente da minha, ótima ideia essa blogarem coletiva.

      Abraço pra ti.

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  6. Boa noite Paulo Cheng, obrigada pelo comentário em meu blog. Eu adoro escrever o que vai pela minha alma, meus sentimentos, porem não consigo dissertar sobre temas propostos, muito menos quando não entendo. Meu post., foi como se fsalasse do que sinto e vai pela minha alma, minhas vivencias e minha relação de Amor e fé com
    DEUS! Certo ou errado, nunca saberemos, mas acredito que quando chegar o momento certo, entenderemos...Não consegui ler tudo, mas o pouco que li, respeito...Abraços

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    1. Olá Simone, obrigado pelo comentário também, fiz o mesmo que você, falei do que sinto e do que creio, foi um pouco longo, mas acho que deu pra sintetizar aquilo que creio.

      Abç.

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  7. Bem bacana,já fui um evangélico, daqueles fervorosos, e só consegui afastar as pessoas da verdadeira intenção de Deus. A maturidade sempre vai nos salvar. Dizem que o entendimento vem do espirito, e que a igreja somos nós. Verdade absoluta. Abraço Chengão.

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    1. Que bom que você entendeu o que é ser cristão Victor, já fui muito legalista e fervoroso, hoje, depois de muitas experiências e a misericórdia de Deus em me dar sabedoria, procuro dosar a coisa de forma saudável, sem ser bitolado e sem repelir as pessoas quando digo que sou crente.

      Abração pra tu.

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  8. Muito bom seu texto, Chengão!
    Discerniu bem e eu sempre gostei desse seu ponto de vista. Vc tem a sua fé e a sua religião, mas não força ninguém a segui-la e também abomina essa fanatismo que vemos ao monte por ai e que muito provavelmente foi a causa de tantos conflitos de pessoas com religiões diferentes ou sem religiões.
    O que vc falou acerca do apóstolo Paulo, as palavras dele fazem total sentido e eu costumo tentar seguir isso: conhecer tudo e apenas manter o que for bom.
    O Victor falou uma verdade...a igreja quem faz são as pessoas. E para crer em Deus ou o que for não é preciso ser um crente fervoroso..muitos desses fervorosos são os que menos acreditam!
    bjs

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    1. Sempre segui essa máxima de Paulo, espiritualidade não deve ser algo que nos impeça de pensar, o mundo está ai com suas coisas boas e ruins, e devemos filtrar aquilo que nos faz bem.

      Abração pra ti Tsu.

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  9. Olá Paulo,
    É com grande prazer que venho aqui e leio seu texto sobre espiritualidade. Passando por vários blogs e ainda faltam muitos para ver, percebo que estamos amadurecendo juntos, cada um com suas ideias e convivendo de forma harmoniosa, pois somos todos irmãos.

    Você é uma pessoa que sempre manifestou sua fé aqui no blog, independente da blogagem de hoje, mas sempre manteve o "fairplay", o jogo limpo, o entendimento das diferenças e o amor incondicional ao nosso querido e amado Mestre Jesus.

    Abraços Flávio,
    --> Blog Telinha Critica <--

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    1. Grande Flávio, tem que ter farplay mesmo, Jihad santo não leva a nada, e lógico que não devemos nos envergonhar de nossas crenças, mas expô-las com coragem e sabedoria.

      Abração.

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  10. Agradecida pela visita, seu texto é de uma tremenda sabedoria, amei saber um pouco da sua espiritualidade, acredito também que Yeshua(
    jesus) é o Messias e Salvador, um grande beijo e Shalom☻

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    1. Olá Simone, que bom que vc sendo judia reconhece que Yeshua Hamashia, obrigado pela visita. Abração pra ti.

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  11. Oi Paulo,
    Gostei do seu texto e da defesa de sua crença de forma tão respeitosa.
    Concordo com você sobre o termo "evangélicos" ter se tornado pejorativo, visto as lamentáveis atitudes de alguns líderes de igrejas.
    O que me chamou a atenção também foi você dizer que não deixou de ouvir as músicas de que gosta (as ditas do mundo, hehe). E você está certo.
    Não entra na minha cabeça como um "evangélico" recém convertido que ouvia essas músicas pode passar a repudiá-las tão rapidamente. Há Q de hipocrisia nisso.

    Enfim, ótimo texto. Obrigado por seu comentário lá no meu espaço também.
    Grande abraço e fica com Deus.

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    1. Angelus, ter sabedoria em qualquer área é fundamental, os crentes foram estigmatizados por décadas por serem pessoas fechadas, incultas, retrógradas e sem discernimento das coisas, podemos sim ter nossa fé em Jesus e ao mesmo tempo absorvermos o que o mundo tem de melhor e saudável, é só ter sabedoria para filtrar.

      Um grande abraço.

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  12. Paulo Cheng meu amigo aqui estou eu de novo atentando-me às tuas palavras e eu digo que gostei muito de conhecer mais sobre você e as suas convicções e é com pessoas assim como você que eu gosto de manter contato,de ser amiga,porque sempre apreenderei algo bom e novo para a minha vida e acredito também que eu possa ofertar coisas boas aos meus amigos.Todo o seu texto,eu assino em baixo,principalmente nas partes onde você fala da descaracterização do Evangelho,nós observamos essa tendência não só com aquelas bizarrices de igreja de surfistas,igrejas de pelúcias e afins,também podemos observar tal ocorrência nas igrejas ditas tradicionais,elas costumam usar de práticas que elas mesmo dizem repudiar em outras manifestações religiosas,já me enjoei de observar tais práticas,te confesso que não gostei de um culto campal que houve aqui perto dia desses,abusaram demais da inteligência alheia,o que é uma afronta muito grande às pessoas que estão de coração aberto querendo apreender algo de bom para a sua vida. Eu orei neste dia mas foi pela minha convicção mesmo,eu orei juntamente com as palavras do pastor,embora tenha ficado com uma dor no coração de observar as incongruências de seus atos.Outra coisa que você falou que eu concordo é quanto essa distinção classista da "crentalhada" de dividir tudo em pode e não pode,é de deus,é do mundo...Foi o Criador que fez o Mundo! Quando vem um desses falar disso perto de mim,pergunto de que planeta são,afinal de contas,já que não pertencem a esse mundo.Nessas horas rola um palavrão,mas não vou repetir aqui em respeito à sua pessoa. Se tem uma coisa que está selando a minha reaproximação com o meu marido novamente como uma mesma carne perante a Deus são as nossas convicções,apesar de termos tido infâncias completamente diferentes,a minha católicos-sincréticos,a dele a mãe evangélica dos tipos "atarracados" em visões quase que fascistas do relacionamento do "crente" com Deus [ não ver tv,não ter brinquedos,vestir roupa comprida,etc,castigos físicos implacáveis e por aí vai],pensamos de um modo parecido,resultamos em adultos complementares um ao outro.Ele mesmo sendo evangélico e eu tenho a minha própria religare [ que não incluem aquelas galinhas e sangue do filme Coração Satânico,do qual postei um trecho,nem muito menos quaisquer tipo de rituais]pensamos assim como você,e tentamos repassar isso em nossas conversas com amigos íntimos,notadamente aqueles que gostam de questionar meu marido por ser apreciador da cultura oriental e por ter se casado com uma mulher não crente como eu.E é exatamente isso que ele diz,uma coisa é a gente,apreciar,um livro,um anime,um mangá,outra coisa bem diferente é acreditar piamente naquilo ali como se fosse real e que determine os acontecimentos em nossa vida,é assim que nascem as seitas! Retém o bom,o mal a gente ignora! Me despeço aqui,um forte abraço para você e sua família!

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    1. Ana Carolina, você se empolgou no comentário, mas gostei, foi sincero e profundo, e você tem a mesma linha de raciocínio que eu, estamos inseridos neste mundo, em sociedades, e inevitavelmente somos influenciados pela cultura das sociedades, lógico que, independente de religião ou crença, devemos peneirar o que as culturas têm a nos oferecer, e no caso de nós evangélicos ou cristãos, devemos influenciar e sermos influenciados, mas nem todos os cristãos sabem dosar a coisa, e os extremos são igualmente nocivos.

      Obrigado pela visita, abração.

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  13. Olá Paulo!
    Gostei muito da sua blogagem coletiva, o jeito como você falou sobre sua espiritualidade foi muito legal.
    Só queria levantar uma coisa a respeito do que você falou sobre evangélicos.
    Evangélico é todo aquele que lê e pratica a boa nova. Sendo assim todos os cristãos são evangélicos.
    A socieade rotulou o protestante como evangélico e não é bem assim que funciona, certo? ;)
    Abraços

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    1. Oi Duda, gostei muito desta blogagem coletiva, visitei todos os blogueiros e li suas postagens, cada um tem uma visão diferente ou semelhante sobre espiritualidade, mas foi lúdica.

      Bem, o termo 'evangélico' em sua etimologia realmente quer dizer "aquele que crer e vive o Evangelho", mas essa conotação hoje em dia tomou proporções diferentes, e como disse, pejorativa, e para não me associar a esses ventos de doutrina, prefiro a velha nomenclatura de 'cristão', sacou?

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  14. Olá Paulo,

    Agradeço sua visita e o comentário, esse tema é complexo e a espiritualidade é bem pessoal, e eu respeito todas as formas de crenças e pensamentos, o importante é sermos sinceros com a gente mesmo e seguir o caminho que acreditamos ser a verdade...

    Saudaçoes

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    1. Olá, concordo contigo, o respeito deve permear todas as relações, e no âmbito religioso não deve ser diferente.

      Abração.

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  15. Olá Paulo, sua trajetória religiosa se assemelha à minha em diversos pontos, eu tenha a minha crença e ela é baseada em uma experiência pessoal que tive e isso ninguém pode tirar de mim, por isso acho isso tão maravilho, no entanto ainda tenho dificuldade em me enquadrar em uma determinada igreja. Eu me reconheço como parte da igreja de Cristo, mas não como parte de uma determinada instituição criada por homens. O que vejo atualmente são inúmeras igrejas deturpando o ensinamento básico de Cristo que é o amor e o substituindo por um legalismo que estabelece padrão que vão desde o que se pode vestir, a música que se pode ouvir e com quem devemos andar. É justamente isso que me incomoda, eu não consigo me enquadrar em uma instituição que castre minha individualidade, meus gostos pessoais e preferências. Simplesmente não consigo imaginar o corpo de Cristo com apenas um tipo de célula...

    http://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2012/07/compramos-um-zoologico.html

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    1. Grande Bruno, você falou tudo, a Igreja de Cristo somos nós, as denominações são um lugar onde congregamos juntos, mas a grande maioria tem deturpado o Evangelho e tolhido a liberdade das pessoas, e quem não tiver sabedoria e discernimento fica à mercê da religiosidade.

      Valeu pelo comentário.

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  16. Muito bom Chengão! Meu irmãozim marélim! Parabens pelo texto, muito bom!

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  17. Aê, Paulo. Disse tudo.
    Também demorei anos até entender o que significa ser um cristão. Me considero uma cristã em constante aprendizado, já que não nos tornamos "semi-deuses" quando decidimos seguir Jesus e frequentar uma congregação.

    Seu texto está perfeito. Parabéns!
    Beijo!
    Cléo - Conheça o blog Vejo Por Aí.

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    1. Cléo, sempre digo que ser cristão não é ser religioso, e sim seguidor de Cristo, e uma pessoa que ama a Deus acima de tudo e ao seu próximo como a si mesmo, simples assim.

      Abração.

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  18. Paulo, meu amigo de fé!
    Texto muito interessante!
    A espiritualidade é uma experiência e escolha individual, e assim, dessa forma, você expressou no texto com sua experiência que mostrou maturidade e busca pela evolução como cristão.
    Excelente teu relato!
    Abração para ti e a Michel!

    Ah! Conheci a Luciana Santa Rita, você ficou sabendo?

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    1. Oi Cissa, como foi bom essa blogagem coletiva, e um tema que causa medo em algumas pessoas, discorrer sobre espiritualidade é delicado, mas não devemos nos furtar disto, e pudemos compartilhar nossas experiências com outras pessoas com a nossa espiritualidade.

      Que ótimo que vc conheceu a Lu, deve ter sido um encontro muito bacana, merece um texto no seu blog.

      Abração pra ti Cissa.

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  19. olá, estou tambem participando da blogagem coletiva e vim conhece-lo.
    parabéns pela bela postagem e por discorrer com tanta dignidade e amor sobre sua religiao.
    tenho amigos Presbiterianos, que amo, e sao pessoas maravilhosas e muito espiritualizadas.
    dar a mao, ser amigo, estender os bracos para quem está precisando de carinho, esse é uma verdadeiro ato cristao. Amar seu proximo e ajudar como possivel.
    um grande abraco.

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    1. Olá Ivani, ser cristão não é simplesmente frequentar uma denominação ou andar com uma bíblia debaixo do braço, é atitude, doação, compaixão, é um estilo de vida, e acho que os cristão de hoje estão esquecendo isto.

      Abração e valeu pelo comentário.

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  20. Paulo, achei interessante conhecer sobre sua trajetória religiosa e espiritual. Penso que de fato a espiritualidade seja algo individual... como vc disse, íntimo! Há várias formas de lidar com ela e de senti-la... vai além da religião, com certeza!

    É uma temática polêmica e fiquei receosa de participar. Mas, confesso que me surpreendi com o resultado. Que venham outras blogagens coletivas!

    abraço JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

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    1. Com certeza é um tema polêmico, muitos não quiseram participar, mas foi proveitoso, opiniões diversas, e o respeito permeou.

      Abração pra ti.

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  21. O que posso comentar de sua trajetória foi algo que percebi durante um tempo recorde em que frequentei algumas denominações evangélicas ou como preferem chamar de Protestantes (Sara Nossa Terra, Igreja Batista, Igreja Internacional da Graça de Deus e, como visitante, Igreja Assembléia de Deus) é que, muitos dos adeptos costumam pular de igreja em igreja, tal como eu fiz. Talvez insatisfação com uma e outra, os que vi que eram "firmados" em uma única denominação geralmente eram os de berço mesmo. Os convertidos, neófitos, como se diz, eram sempre inconstantes pois, querendo ou não, a fé pode ser a mesma, mas as regras são diferentes. Bom que finalmente, ao menos até agora, tenha se firmado em uma denominação, visto que decidiu congregar.
    Eu busquei tantos caminhos por um período tão curto de tempo e não consegui me encaixar em nada, tal como o José, não gosto de que me digam o que tenho ou não que fazer, ouvir, vestir... Não creio que nem mesmo o Deus da bíblia irá se importar com estas coisas tão mínimas, que não forma caráter de ninguém. O que forma o caráter é o respeito que se tem tanto pela sua, quanto pelas crenças alheias e realmente, alguns que tem uma religião específica, tem uma dificuldade em professá-la sem destacar o erro de outras, mesmo que discreta e acidentalmente.
    Até mais.

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    1. Christian, fé está acima de dogmas e doutrinas, como você bem sabe, a salvação não está em placas denominacionais, e sim na pessoa de Cristo, também havemos de convir que, hoje em dia, as igrejas e denominações estão bem longe daquele clima saturado de amor e zelo da Igreja Primitiva, mas há ótimas pessoas congregando e pessoas sinceras nas igrejas adorando. Que as nossas experiências sirvam para amadurecermos.

      Um grande abraço.

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Olá queridos, você está em meu site, o paulocheng.com, um espaço onde eu escrevo e posto minhas impressões, meus devaneios, minhas inspirações e sandices, desde já agradeço pelo acesso, lembrando que você não é obrigado a comentar, pois não há uma obrigatoriedade ou imposição, caso você não ache interessante ou esteja com preguiça, não tem problema, o que quero aqui é o prazer acima de qualquer coisa, e não obrigatoriedade, ok? Que Deus possa te abençoar em Cristo Jesus.