Não basta ser pai, tem que participar!

Imagem extraída da internet

Pra falar a verdade sou bem cabreiro com essas datas comemorativas e festivas como, por exemplo, dia das mães, dos pais, natal etc. a intenção pode até ser boa, mas na pratica soa como uma jogada de marketing e um trampolim para  alavancar vendas no comércio.

Hoje, segundo domingo de agosto, é comemorado o dia dos pais, as lojas estão abarrotadas de gente comprando lembranças para seus velhos, o almoço em família do domingão está garantido, hoje ele é lembrado e reverenciado. Mas será que uma simples lembrança anual é o suficiente para retribuir tudo o que um pais fez por um filho? E será que um pai, mesmo tendo gerado um filho, é digno de ser homenageado?

Bem, a Bíblia diz que: “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá” (Êxodo 20.12), concordo em gênero, número e grau. Ser pai é uma responsabilidade monstruosa, por um filho no mundo, principalmente nos dias de hoje é algo que dá medo e preocupa, pois o caos moral e ético, a violência e outras mazelas estão inseridas na sociedade profundamente. Por isso, vai requerer de um pai um engajamento educacional, moral, ético, emocional e espiritual para a formação de um filho. Ser pai é uma dádiva divina, significa perpetuar sua descendência e dar continuidade às gerações subseqüentes o seu sobrenome, mas também se faz necessário estar presente, acompanhar de perto, impor sua presença, agradar no momento certo (sem mimar demais) e ter autoridade para dizer não e dar umas boas palmadas na hora certa (sem espancar, claro!).

Ser pai não é simplesmente ceder seu sobrenome na certidão de nascimento ou pagar religiosamente uma pensão alimentícia, é preparar e conduzir uma criança à vida, forjando nela um homem e uma mulher de coragem, de fibra, com valores morais e éticos bem delineados, com um profundo senso de humanidade e amor ao próximo, com um relacionamento íntimo com Deus. Ser pai não é somente prover e dar do bom e do melhor, é preciso ser mestre, educador, psicólogo, psicoterapeuta, incentivador, amigo. Neste dia de hoje, onde a figura paterna é exaltada, independente de ser ou não uma data forjada pelo comercio para esgotar os estoques de pijamas, gravatas e ternos, é um momento onde os pais devem fazer um stop introspectivo para reverem sua figura paterna, sua atuação, influencia e eficácia, assim como os filhos também precisam melhorar substancialmente seus relacionamentos com seus pais, procurando chamá-los à responsabilidade e procurando estabelecer e aprofundar um relacionamento não só de pai e filho, mas de melhores amigos, cúmplices, companheiros.

Como não tenho mais um pai terreno, ele partiu há 20 anos, quero desejar um feliz e abençoado dia dos pais a todos.

Paulo Cheng