Foto extraída da internet |
Há
alguns dias atrás, quando estava assistindo a um telejornal noturno, vi uma
reportagem que, me fez embrulhar o estômago de tanta indignação. Um rapaz,
playboy, sai da balada quase amanhecendo, atropela um trabalhador que ia para o
seu trabalho de bicicleta, o impacto da colisão fez o ciclista perder o braço
direito, e, para completar a cena de horror e indignação, o playboy embriagado,
leva consigo o braço do ciclista e joga num córrego.
Como disse
um fato corriqueiro que acontece em todas as estradas do Brasil, mas a frieza e
falta de consideração pelo próximo atenuou essa tragédia. Mas a minha
indignação foi justamente a banalidade pela crueldade gratuita. A falta de amor
para com o próximo tem tornado o ser humano um animal irracional selvagem, que
não tem senso de amor nenhum para com o seu semelhante, e aliado à falta de
punição, isso tem se tornado algo normal em nossa sociedade, “homo homini lupus”, o homem é o lobo do homem, nos dizeres
do dramaturgo Tito Mácio Plauto, que
viveu em 230 A.C.
Sabemos
que a banalização de crimes hediondos e cruel cresce a cada dia e de forma
assombrosa. A consideração dos bandidos pela vida alheia é zero. A bandidagem
não se contenta somente em roubar, matar, atropelar, os limites para a
perversidade hoje em dia não tem parâmetros. Os instintos mais bestiais e
sanguinários que brotam de seus interiores obscuros e em densas trevas.
Outra
coisa que me causa mais revolta ainda é o fato de nossa Lei Penal, que foi
atualizada em 1940, ou seja, está desatualizada há 71 anos. As penas estão
descontextualizadas, são brandas em muitas situações, frouxas, há inúmeras
brechas, enfim, também contribui para que a bandidagem aterrorize sem nenhum
temor às autoridades ou leis.
Nossos
políticos, que deveriam já a muito tempo pressionar para que o Código Penal
fosse atualizado ou reformulado, só se preocupam em chupar o sangue do Erário e
enriquecerem ilicitamente. São piores do que os bandidos que estão nas ruas
assaltando a mão armada, pois são pagos para salvaguardar os direitos da
população e não estão nem ai.
Discordo
da pena de morte, pois só atingiriam os ladrões de galinha, os de colarinho
branco não seriam atingidos, mas sou a favor de prisão perpétua em crimes
hediondos como latrocínio, estupros, parricídios, genocídios, estupro de
vulnerável, sequestro e outros crimes, já assaltos, estelionato, tráfico de
drogas, crimes de racismo, arrombamentos entre outros, deveriam ter penas mais
duras e severas.
O que
deveria ser abolido seriam também as concessões, como saída do regime fechado
para o semiaberto por cumprimento de 1/6 da pena, saída por bom comportamento
para ir visitar a família em feriados festivos e outras mamatas. Caramba, que
droga de Lei frouxa e fajuta é esta? Onde já se viu um vagabundo que mata um
pai de família, estupra uma criança, mata um estudante covardemente pelas
costas para lhe roubar uma porcaria de moto não cumprir a integralmente? É
justamente por esta benevolência aviltante de nosso Código Penal que dá mais e
mais ímpeto e incentivo para a malandragem cometerem crimes impunes contra a
sociedade. O Estado também é culpado por não combater de forma inflexível o
crime.
Já está
mais que na hora de a sociedade cobrar de forma veemente do Congresso que as
Leis sejam reformuladas e leis mais duras e inclementes sejam aprovadas para
que vidas sejam salvas. Em quanto isto não acontecer, estamos vulneráveis e nas
mãos desses canalhas, seja nas ruas ou nos nossos próprios lares.
Paulo Cheng
Finalmente consigo escrever um texto depois de um hiato de semanas, mas pretendo a partir de agora, retomar minhas atividades blogosféricas. Abração a todos.
ResponderExcluirOi Cheng
ResponderExcluirQue bom que voltou a postar, vc escreve muito bem!
Quem não fica indignado com uma atitude dessa que aconteceu? Ótimo texto, concordo plenamente contigo.
Bjos para ti e para Michel