segunda-feira, 25 de março de 2013

A banalização da violência

Foto extraída da internet

Há alguns dias atrás, quando estava assistindo a um telejornal noturno, vi uma reportagem que, me fez embrulhar o estômago de tanta indignação. Um rapaz, playboy, sai da balada quase amanhecendo, atropela um trabalhador que ia para o seu trabalho de bicicleta, o impacto da colisão fez o ciclista perder o braço direito, e, para completar a cena de horror e indignação, o playboy embriagado, leva consigo o braço do ciclista e joga num córrego.


Como disse um fato corriqueiro que acontece em todas as estradas do Brasil, mas a frieza e falta de consideração pelo próximo atenuou essa tragédia. Mas a minha indignação foi justamente a banalidade pela crueldade gratuita. A falta de amor para com o próximo tem tornado o ser humano um animal irracional selvagem, que não tem senso de amor nenhum para com o seu semelhante, e aliado à falta de punição, isso tem se tornado algo normal em nossa sociedade, “homo homini lupus”, o homem é o lobo do homem, nos dizeres do dramaturgo Tito Mácio Plauto, que viveu em 230 A.C.


Sabemos que a banalização de crimes hediondos e cruel cresce a cada dia e de forma assombrosa. A consideração dos bandidos pela vida alheia é zero. A bandidagem não se contenta somente em roubar, matar, atropelar, os limites para a perversidade hoje em dia não tem parâmetros. Os instintos mais bestiais e sanguinários que brotam de seus interiores obscuros e em densas trevas.

Outra coisa que me causa mais revolta ainda é o fato de nossa Lei Penal, que foi atualizada em 1940, ou seja, está desatualizada há 71 anos. As penas estão descontextualizadas, são brandas em muitas situações, frouxas, há inúmeras brechas, enfim, também contribui para que a bandidagem aterrorize sem nenhum temor às autoridades ou leis.

Nossos políticos, que deveriam já a muito tempo pressionar para que o Código Penal fosse atualizado ou reformulado, só se preocupam em chupar o sangue do Erário e enriquecerem ilicitamente. São piores do que os bandidos que estão nas ruas assaltando a mão armada, pois são pagos para salvaguardar os direitos da população e não estão nem ai.

Discordo da pena de morte, pois só atingiriam os ladrões de galinha, os de colarinho branco não seriam atingidos, mas sou a favor de prisão perpétua em crimes hediondos como latrocínio, estupros, parricídios, genocídios, estupro de vulnerável, sequestro e outros crimes, já assaltos, estelionato, tráfico de drogas, crimes de racismo, arrombamentos entre outros, deveriam ter penas mais duras e severas.


O que deveria ser abolido seriam também as concessões, como saída do regime fechado para o semiaberto por cumprimento de 1/6 da pena, saída por bom comportamento para ir visitar a família em feriados festivos e outras mamatas. Caramba, que droga de Lei frouxa e fajuta é esta? Onde já se viu um vagabundo que mata um pai de família, estupra uma criança, mata um estudante covardemente pelas costas para lhe roubar uma porcaria de moto não cumprir a integralmente? É justamente por esta benevolência aviltante de nosso Código Penal que dá mais e mais ímpeto e incentivo para a malandragem cometerem crimes impunes contra a sociedade. O Estado também é culpado por não combater de forma inflexível o crime.

Já está mais que na hora de a sociedade cobrar de forma veemente do Congresso que as Leis sejam reformuladas e leis mais duras e inclementes sejam aprovadas para que vidas sejam salvas. Em quanto isto não acontecer, estamos vulneráveis e nas mãos desses canalhas, seja nas ruas ou nos nossos próprios lares.


 Paulo Cheng

2 comentários:

  1. Finalmente consigo escrever um texto depois de um hiato de semanas, mas pretendo a partir de agora, retomar minhas atividades blogosféricas. Abração a todos.

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  2. Oi Cheng
    Que bom que voltou a postar, vc escreve muito bem!
    Quem não fica indignado com uma atitude dessa que aconteceu? Ótimo texto, concordo plenamente contigo.
    Bjos para ti e para Michel

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