Billie Holiday |
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de
abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes . Quando
nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah
Fagan, apenas treze. Seu pai,guitarrista e banjoísta,
abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda
de jazz. Sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares,
ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos
os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada sexualmente por um
vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos
doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos quatorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
Sua vida como
cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de
pagamento de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum
dinheiro. Entrando em um bar do Harlem,
ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista
perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve
educação formal de música e seu aprendizado se deu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong. Após três anos cantando em diversas casas,
atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu
primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a
cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma
banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes
cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca,
Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível
profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de
cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940,
apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas,
passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz.
Pouco antes de sua
morte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua
autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi
feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
No início de 1959,
Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico disse-lhe para parar de
beber, o que fez por pouco tempo, mas logo voltou a beber pesado. Em maio,
havia perdido quase dez quilos. Seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan
Morrison tentaram levá-la para um hospital, mas ela descartou-os.
Em 31 de maio de
1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano, em Nova York, com
problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de prisão por posse de drogas
enquanto estava no hospital, morrendo, sendo seu quarto invadido pelas
autoridades. Policiais ficaram de guarda na porta de seu quarto. Billie Holiday
permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que morreu de edema pulmonar e
insuficiência cardíaca causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos
de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus ganhos e morreu com 70
centavos de dólar no banco e 750 dólares (pagos por um tablóide) por um artigo
sobre sua pessoa. A cerimônia fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo
Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein,
do jornal The New York Times, que tinha sido o narrador dos shows de Billie
Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e escrito parte da contracapa do álbum O
Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo
álbum, relançado em 1961:
"Billie
Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, 17 de
julho de 1959, na cama em que havia sido presa pouco mais de um mês antes, já
mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um
policial havia se retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes de
sua morte, que, como sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido
belíssima, mas desgastou-se fisicamente a uma reduzida e grotesca caricatura de
si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um -
tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos
pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito
talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte.
Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso,
ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."
Fonte: www.wikipédia.org
Billie Holiday foi sem dúvida a precursora de todas as divas do mainstream musical. Numa época onde o racismo e o preconceito imperavam, Billie sobrepujou todas as barreiras e fez prevalecer todo o seu talento, fazendo história tanto no mundo do jazz, como da música como um todo, se firmando como uma das maiores e melhores cantoras de todos os tempos, senão a maior e melhor.
ResponderExcluirQue interessante essa história,Paulo e gosto de ver tuas buscas e temas! abraços, tudo de bom,chica
ResponderExcluirValeu Chica, é sempre bom conhecermos a história de pessoas que, de alguma forma, contribuíram positivamente em alguma área, e nesse caso a música.
ExcluirAbraço.
Oi Cheng, meu irmão de fé
ResponderExcluirQuanto tempo não venho aqui, tenho que me manter informada das atualizações do seu blog, porque não tá atualizando lá no meu blog ):
Muito interessante essa biografia. Gostei muito!
Bjão para ti e para Michel.
Olá Lu, quanto tempo mesmo, mas é essa correria santa do dia dia nossa, e apareça sempre.
ExcluirGrande abraço.