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Quem foi Jesus Cristo? Bem, esta é uma pergunta objetiva
e subjetiva ao mesmo tempo, fácil e difícil de explicar, e em algumas vezes,
impossível, levando-se em consideração o seu lado divino, e se formos adentrar
neste âmbito, só nos restariam especulações, pois o espiritual e o intangível
fosse à previsibilidade lógica de nossas mentes, e só a fé pode conviver com
isso de forma harmoniosa.
Neste texto, vou tentar levantar uma questão pontual, é a
forma que alguns religiosos enxergam a Jesus e o modo como eles servem a Ele, e
esta análise a farei do ambiente evangélico brasileiro, uma atmosfera no qual
participo desde 1995, quando comecei a fazer parte da igreja Batista, aqui em
Olinda, fui batizado lá, e desde essa época, me tornei um cristão protestante,
hoje, eu congrego numa igreja Presbiteriana, aqui em Olinda mesmo. E o que me
chama a atenção, por todos esses anos, são as diversas formas nas quais as
pessoas enxergam e interpretam a Jesus, e como nós evangélicos nos relacionamos
com o Mestre.
Infelizmente, a visão que algumas denominações
evangélicas têm sobre Jesus é muito heterogênea, numas, ele é visto como um
cordeirinho manso, inamovível, já em outras, ele é visto como um carrasco, com
um chicote na mão, pronto para punir no primeiro vacilo que dermos, além de
impor regras, usos e costumes, e delimitar uma lista de proibições, não pode
praticar esportes, ler livros não evangélicos, ir ao teatro ou cinema, usar
maquilagem, barba, enfim, proibições no qual atribuem a Jesus, porém, será
realmente que o Filho de Deus, que encarnou, veio ao mundo há mais de dois mil
anos, anunciou o Reino dos Céus, foi morto, ressuscitou, será mesmo que ele
veio impor esse tipo de proibição como forma de santificação para aqueles que
desejam ter uma intimidade com Deus?
Geralmente essa visão legalista acerca de Jesus é
repassada por denominações pentecostais, como as Assembleias de Deus, onde
mostram um Jesus de cenho franzido, inimigo de tudo o que existe fora das
quatro paredes da igreja, que está sempre pronto para punir, um Jesus que não
permite os seus seguidores interagirem na sociedade de peito aberto, prontos
para absorverem o que há de bom e lúdico, um Jesus que enxerga o mundo como um
campo de batalha, e os nãos cristãos como pretensos moradores do inferno, sim,
este Jesus religioso, legalista e amedrontador que é pregado na maioria das
igrejas brasileiras.
Ao contrário da visão aterradora e bélica que se passa de
Jesus no mundo evangélico, creio que, o Jesus da Bíblia, o Nazareno que
passeava pela praia ensinando de forma melíflua os seus ensinamentos, era um
homem, bom, pacato, acolhedor, não religioso, que sabia filtrar de forma sábia
as coisas boas do mundo, da cultura local, esse Jesus que não impõe proibições
tolas como forma de parâmetro de santidade, e sim que mostra que, segui-Lo não
é simplesmente deixar de ir ao cinema, bater uma bola, ler um romance de
Graciliano Ramos, deixar de escutar música ‘do mundo’, e sim ter um
relacionamento direto com Deus, sadio, absorvendo os valores do Reino e
confrontando-os com os valores torpes deste mundo em trevas, é esse Jesus não
religioso que creio e sigo, no qual os Evangelhos está todo saturado de seu
amor, sabedoria e poder, e este Jesus terrorista, religioso, legalista, este, a
maioria dos crentes podem fazer um bom uso dele, não me serve, pois é para a
liberdade que ele me libertou naquela cruz do calvário, e não para ser um
religioso legalista de paletó e bíblia na mão reprovando tudo e todos numa
busca insana e estúpida pela a santificação.
Paulo Cheng
Uai, o comentário não veio!
ResponderExcluirEu quero lhe dizer que o texto é muito bom, tanto pelas suas idéias, que compartilho, quanto pela escrita que a cada dia fica melhor!
Um abraço!
Valeu amigo Mansim, então pensamos igual, rs.
ExcluirGrande abraço.
Paulo, seu texto pontua de maneira fácil para o entendimento de todos, a sua visão a respeito de como o personagem central da bíblia, Jesus Cristo, é visto dentro do ambiente religioso que tão bem você conhece. E olha que esse não é um assunto nada fácil de escrever. Por vários aspectos. Muito bom texto e excelente analise o mesmo contem. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado PC pelo comentário, e como é difícil tocar neste assunto, principalmente quando o assunto é o mundo evangélico, um movimento tão fragmentado e heterogêneo, mas é isso.
ExcluirAbraço.