sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Ações: consequências e seus desdobramentos.


Nossas vidas se resumem a um conjunto de decisões e ações no qual tomamos, e, mediante essas ações, teremos que conviver com seus desdobramentos e consequências. Quando agimos de forma bem planejada e adequada, as consequências são positivas e dentro do que esperávamos, porém, quando agimos de forma inconsequente e impensada, os resultados são desastrosos e, em alguns casos, as consequências perdurarão pelo resto de nossas vidas.


Recentemente acompanhamos um episódio que chocou a opinião pública. Todos já conhecem, mas vou resumir: um pai vai ao Zoo com seus dois filhos, o mais velho, por negligência do pai, que, por mais advertido que fosse pelos transeuntes no momento, não deu ouvidos, permitiu que o seu filho mais velho adentrasse em local proibido nas jaulas de um leão e um tigre, o desfecho disto foi horripilante, no que o garoto colocou o braço direito para acariciar o tigre, o mesmo abocanhou seu braço direito, dilacerando-o e, consequentemente, o membro seria amputado no hospital, pois não havia como restaurá-lo. Triste mesmo.

Há momentos em nossas vidas que agimos por impulso, de forma displicente, inconsequente, estando certos ou errados, teremos que arcar com as consequências de nossos atos. E nunca somos maduros o suficiente para em todos os momentos agirmos com maturidade, não podemos prever o futuro, caso fosse isso possível, todas as nossas ações seriam bem sucedidas, mas como é impossível isso para nós, agimos no calor da emoção, ou na esperança de que estamos agindo certo, ou, por vezes, agimos de forma abrupta e imprudente, e amargamos os resultados, que podem durar somente o momento do acontecido, ou podem perdurar por toda a nossa existência, e o sentimento de culpa será uma companheira incômoda e ingrata que nos acompanhará dia a dia.

Todos cometemos erros, é algo inevitável, apontar erros nos outros, também algo corriqueiro e fácil, porém, quando erramos, nos incomodamos com os dedos que são apontados em riste em nossa direção nos acusando e proferindo sentença condenatória. Voltando ao fato do garoto que perdeu o braço direito, uma enxurrada de comentários foi postada nas redes sociais  acusando o pai de negligente, sim, concordo, mas em alguns comentários, pessoas desejavam que ele fosse preso por anos e até que merecia pena de morte. Bem, como reza o Direito Penal, em tais situações, só o fato de o pai conviver com o sentimento de culpa por ter permitido que tal situação se abatesse sobre o seu filho, e as sequelas que o menino levará pelo resto da vida, já é a pena que ele terá que sofrer, e concordo com isso, neste caso, creio que, nenhum tipo de pena que cerceasse sua liberdade seria maior que o fato dele conviver com sua culpa por ter negligenciado os cuidados necessários naquele momento para com o seu filho, mas como a sentença da sociedade para os outros é sempre cruel e isenta de piedade, as opiniões sobre esta situação divergem consideravelmente.

Não quero proferir nenhum tipo de sentença ou juízo contra o pai do garoto, basta a culpa que ele levará consigo pelo resto de sua vida, mas grandes lições podemos tirar deste episódio, pois, quando estamos do lado de fora de uma situação dessas, é fácil julgar e apontar o erro, mas quando somos partícipes, fica complicado, tentamos por todas as formas nos justificar e, mesmo que estejamos certos, a opinião pública e as pessoas ao nosso redor já têm a sentença proferida: CULPADO!

Que Deus nos dê sabedoria e maturidade para que possamos agir no momento certo, na medida certa e de forma adequada, e que as consequências de nossos atos sejam igualmente benéficos.

Paulo Cheng




6 comentários:

  1. Ponderação e equilíbrio são palavras chave em nossas vidas, nas ações e inações... Lindo texto! abração,chica

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  2. Oi Chica, realmente é difícil adquirir equilíbrio em todas as nossas decisões, mas a vida é um eterno aprendizado, aprendemos com os nossos erros e com o s erros dos outros.

    Abração pra ti.

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  3. Paulo, sua análise é perfeita. No caso do menino, o pai foi negligente, não se discute isso, porém, não precisam as pessoas o condenarem mais ainda por isso, pois como pai, imagino o quanto ele já não deva se punir por esse fato. No mais, como já disse no início deste comentário, sua análise é perfeita. Um grande abraço.

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    1. Agradeço o seu comentário PC, e devemos sempre nos colocar no outro lado da situação, aí teremos um maior entendimento da situação em si.

      Abração pra ti.

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  4. Acho que o sentimento de culpa é pior pena possível, concordo com a lei sobre essa 'punição'. Tomar como exemplo essa história para não fazermos besteira no futuro, pois situações assim são expostas a todos, alguns agem de forma adequada e outros, por algum motivo, não.
    Grande abraço

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    1. Também acho, sei que o pai errou, e um erro irreparável, porém, terá que conviver também com a sua culpa enquanto viver.

      Abração pra ti Mateus.

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