Viver definitivamente não é para os fracos

Viver não somente consiste em nascer, crescer, envelhecer e morrer, há casos em que esta ordem natural é desrespeitada, contudo, há inúmeras variáveis inclusas neste processo. Viver pode ser simples e complexo, fácil e difícil, prazeroso e angustiante, enfim, dependendo do tipo de relação que teremos com a vida, ela ganhará contornos alegres ou dramáticos.

Viver redundaria em aproveitar cada momento de forma a extrairmos o seu lado bom, seja em momentos bons ou ruins. A vida nem sempre nos reservas momentos alegres, mas também maus momentos. Podemos viver numa maré de felicidade, mas podemos ser abruptamente assolados pelas contingências da vida, que nos toma de assalto e balança nossa frágil e falsa sensação de segurança. Hoje podemos estar rindo, amanhã chorando, ou vice e versa; a vida não segue uma lógica inexorável, é uma montanha russa, um labirinto no qual não sabemos o que nos acontecerá no minuto seguinte, entretanto, nutrimos a esperança de que o futuro será sempre melhor.

Viver é algo que muita gente anela, deseja, anseia, mas é algo que desanima e atormenta a outros. Algumas pessoas nascem e morrem sem terem passado por grandes tormentas, já outras pessoas passam por esta existência trilhando um caminho espinhoso, repleto de dores e frustrações. Enquanto neste momento há pessoas gozando felicidade e bem estar, outras estão em dificuldades e passando por dores indescritíveis, e por mais que tentemos entender isto, não conseguiremos, pois a vida consegue ser distinta para com todos, o destino de um é o antagonismo do outro.

 A vida pode ser bela e deleitosa, mas sofrida e dolorosa. Ela é complexa, agracia uns, atormenta a outros, e assim prosseguimos o nosso destino tentando almejar a felicidade e se esquivar dos percalços, mas nunca é possível tal façanha, contudo, viver é preciso, e que possamos assim enfrentar os bons e maus momentos extraindo o melhor de cada um deles.

Paulo Cheng