sábado, 23 de fevereiro de 2019

Goodbye

Foto extraída da internet
A efemeridade da vida nos convida a priorizarmos as essencialidades, a anteferir substancialidades, a eleger imprescindibilidades. O ser em detrimento do ter, o amor em contraponto ao ódio, e a vida em antítese à morte, urge elegermos um estilo de vida no qual nos aproxime mais de uma espiritualidade mais transcedente, de uma humanidade mais despojada, e de um desprendimento mais cândido.


Entender a vida, suas complexidades, suas contingências e todos os seus desdobramentos é uma tarefa hercúlea, ingrata, diga-se por sinal, e mesmo que nos apliquemos a tal incumbência, jamais entenderemos os meandros no qual tece a mosaica colcha de retalhos existencial, a única certeza no qual temos nesta vida é de que um dia findaremos a nossa existência neste plano terrestre, e que tal fenômeno poderá acontecer quando menos esperamos, pois a vida é fugaz.

Quando nos tornamos altivos, prepotentes, arrogantes e pedantes a vida sempre consegue esbofetear as nossas faces, nos tirando abruptamente de nossos falsos pedestais, e quando isso acontece, caímos em si e constatamos que a nossa vida não passa de um fino cordão, que a qualquer momento pode se arrebentar; nossa falsa sensação de segurança é tão franzina que qualquer nano evento pode nos jogar em um leito de UTI, numa cadeira de rodas ou em um estado vegetativo.

Urge aproveitarmos cada momento da vida como se fosse único, singular e derradeiro, se faz necessário aguçar a nossa susceptibilidade em relação às artes, convém dedicarmos mais tempo à leitura, importa ser imprescindível amarmos a música, a arte emana de almas susceptíveis ao belo, e quando redirecionamos o foco de nossas vidas no que realmente agrega valor e humanidade, conseguimos remir o nosso tempo e viver de forma mais despojada, alegre, espontânea e feliz, sabendo que, cada instante pode ser o terminal, e cada momento derradeiro, pois não passamos de pó, e os nossos dias são como poeira fina levadas pelo vento.

 

Em memória de Peter Tork (The Monkees)

 

Paulo Cheng

Um comentário:

  1. Lindo texto e tributo. Realmente a efemeridade faz pensar... E temos que estar sempre preparados pois a danada pode nos pegar a qualquer hooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooora, até agoooooooooooooooooooooooooooooooooooora, por eemplo... Fuuuuuuuui!


    Credo, tô brincando ,mas é pura verdade,ainda mais eu que já fiz 70!!! abração,chica

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