sexta-feira, 20 de setembro de 2019

A frigidez dos relacionamentos virtuais

Foto extraída da internet
Facebook, Whatsapp, Instagram, Messenger, Linkedin, Twitter, Telegram, etc. são tantas as opções de canais virtuais de relacionamentos que a humanidade nunca, em toda a sua história, conseguiu tanto interligar as pessoas, em suas mais diversas localidades, contudo, nunca estivemos tão próximos e, paradoxalmente tão distantes, "so close, so far", e assim chegamos ao século XXI e seu admirável mundo novo, a era da informática, das tecnologias, das redes sociais, das interações virtuais, e dos corações solitários e vazios. 

Desde a prensa de impressão popularizada por Gutemberg, passando pela invenção de Alexander Graham Bell, e desembocando no advento da Arpanet, os seres humanos transpuseram as únicas alternativas que dispunham para se comunicar: a conversão tête-à-tête. O sistema de compartilhamento de mensagens via cartas, telegramas e afins também foram imensamente utilizadas, e até os dias de hoje, contudo, hoje conhecemos uma nova fórmula que nos imergiu em um relaciomento instantâneo, automático e prático: os relacionamentos virtuais. 

O planeta terra já não é uma vastidão de lugares longínquos e desconhecido como dantes, devido às tecnologias, principalmente a internet, o mundo se estreitou, uma simples mensagem digitada em um teclado ou smartphone percorre, na velocidade maior que de um supersônico, continentes, e com esta interação quase que instantânea, vivenciamos um fenômeno sem precedentes e até inimaginável para escritores como Julio Verne e outros de ficção científica: as comunicações atingiram o seu ápice, seja pelas inúmeras possibilidade como pela extrema velocidade.

Mesmo com todos esses avanços nas comunicações, com toda a tecnologia, e com toda a fluidez inerente às redes sociais, é notório que, a qualidade foi comprometida, se por um lado ganhamos em praticidade e rapidez, perdemos em excelência e qualidade, sim, nunca houve na história da humanidade um empobrecimento tão profundo nos relacionamentos interpessoais, pois os diálogos pessoais foram substituídos pela virtualidade, lógico que essa praticidade tem o seu lado bom, pois, em redes sociais, reencontramos pessoas que, há muito tempo perdemos o contato e que moram muito distante, impossibilitando um contato pessoal, contudo, às pessoas próximas aplicamos esta mesma fórmula, os encontros, os bate-papos acalorados e as reuniões informais foram, paulatinamente, substituídos pela frieza e impessoalidade das trocas de mensagens via Whatsapp e Messenger, até mesmo as ligações telefônicas perderam espaço para as redes sociais. 

Os antagonismos relacionais são indubitáveis nos dias atuais, nos escondemos atrás das redes sociais, somos ousados atrás dos perfis, exalamos destemor por trás dos teclados virtuais, sim, perdemos a coragem de falar olho no olho, esmorecemos ante os debates presenciais, e nos esquivamos perante o contato mais íntimo com os outros, essa frigidez nos relacionamentos pessoais, em parte, deve-se á popularização das redes sociais e ao esfacelamento dos nossos relacionamentos, e o resultado disto? Nos tornamos frios, impessoais e banais no contato com o outro, e por conseguinte, nos tornamos susceptíveis, frágeis emocionamente e carentes de afeto, onde tentamos suprir com emojis, likes e curtidas em nossas insípidas postagens nas diversas plataformas virtuais. 

Já não se faz mais relacionamentos como antigamente, e as próximas gerações estarão fadadas a receberem este legado nefasto, o esfriamento das relações interpessoais. Todo o avanço tecnológico, de forma paradoxal, aprimorou e comprometeu as interações humanas, avançamos e retrocedemos em nossa forma de comunicar-se, e por mais agilidade nas trocas de mensagens, por mais instantâneas que se desenvolvam os envios de informações, carecemos de algo inerente á nossa natureza, o calor humano. Assim sendo, cabe-nos duas alternativas: ou sucumbimos ante o rolo compressor da virtualidade que imergiu a maioria das sociedades modernas em uma bolha virtual, ou tentamos nadar contra a correnteza, tentando resgatar os contatos pessoais, as conversas presenciais, e o calor humano em encontros informais, nos desvencilhando ao máximo das correntes virtuais que aprisionaram a humanidade. 



                                                                          Paulo Cheng 

Um comentário:

  1. Em primeiro lugar um bom dia á todos,bem hoje em dia a relação entre os humanos está um tanto quanto destruída de certa forma isso se deve a internet e redes sociais,pois os indivíduos deixão de se relacionar entre si p se relacionarem e interagir com as makinas e seus veículos de comunicação. Este é o meu ponto y vista.

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