Imagem extraída da internet |
Um mundo conectado e globalizado, o final do
milênio passado e início dos anos 2 mil foram decisivos para uma transformação
sem precedentes nas comunicações de massa, a internet encurtou as distâncias,
aproximou pessoas, deixou obsoleta e aposentou as demais formas de comunicação,
criou redes sociais, e com isso, a promessa de relacionamentos mais acalorados e
de qualidade não se sustentou, frustrou-se.
Desde o advento dos e-mails, que tornaram as velhas
cartas quase que ineficientes, passando pelo Orkut, primeira grande rede social
de nível global, passando por Tweeter, Linkedln, Badoo, Habbo,
Instagram, Whatsapp, e o atual Facebook, as pessoas redimensionaram seus
hábitos de se comunicarem com amigos e conhecidos, tudo isso tornou mais
rápido, instantâneo e eficaz as comunicações interpessoais, praticidade virou
palavra de ordem num mundo globalizado e frenético como o nosso atualmente, mas
toda essa praticidade cobrou um preço: o calor humano.
Com as redes sociais, nos tornamos mais próximos e,
paradoxalmente, mais distantes uns dos outros. Hoje, a grande maioria das
pessoas que usufruem das redes sociais sucumbiu suas vidas sociais para se
esconderem nas telas frias e impessoais dos tablets, notebooks, pcs e
smartphones. Muitos preferem conversas superficiais e monossilábicas pelo
Whatsapp do que uma ligação por telefone. Encontros presenciais já estão
começando a ficar em desuso e estranho, ninguém quer mais se expor, ter contato
físico, rir, chorar, conversar cara a cara, esse tipo de experiência tenta ser
suprida por trocas de mensagens via Facebook ou chats, pois, evitamos nos
expor, e mostramos um lado que nos convêm, pois é só teclar palavras, frases,
chavões e pronto, agradamos sem nos doar ou nos frustrar.
A vida nas redes sociais têm sufocado antigos hábitos
nossos como, sair para passear, observar a natureza, fotografar, curtir uma tarde
numa praia ou praça, coisas simples, mas que nos conecta com a vida real.
Vivemos aprisionados e reféns da internet, sucumbimos o prazer de viver a vida
pulsante lá fora em detrimento de uma vida superficial e mágica que nos é
passado pela tela do computador. Entristeço-me em ver pessoas que preferem
conversar e bater um papo monossilábico pelo Whatsapp ao invés de uma ligação
telefônica. Infelizmente caminhamos para uma frieza sem precedentes na história
no que tange aos relacionamentos interpessoais, e este é o lado nefasto das
redes sociais, que têm tornado a grande maioria dos seus usuários antissociais,
avessos ao calor humano e desconectados com o mundo real que se passa lá fora.
Não sei onde isso vai parar, contudo, procuro manter a
minha sanidade e não trocar minha vida real aqui fora por relacionamentos
mecânicos e desalmados virtualmente, pois, nada substitui o calor humano.
Paulo Cheng
Tens toda razão! É tanta comunicação e por vezes tão pouco um so outro saber... Mas há grandes amizades feitas pela internet e essas valem a pena.Bom ainda que quando desvirtualizamos, não nos arrependemos.As pessoas são mesmo gente! Isso é bom, mas enquanto isso não acontece, o bom senso pra saber com quem vais realmente te comunicar... abraços, tudo de bom,chica
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