sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Viva la vida!


 
Como todos sabem, sou corredor de rua, 3 vezes por semana levanto ás 5 h da manhã pra correr, e hoje (30/12/2016) fiz a minha última corrida do ano, e durante toda a adrenalina e liberação de endorfina durante corrida de hoje, percebi que já não tinha tanto vigor físico como há algum tempo atrás, e notei que meu rendimento está numa escala descendente, e o pior, com o passar do tempo o peso dos anos vai esmiuçar o resto de vigor que ainda resta em meu corpo, é a inexorabilidade do tempo conspirando contra a minha juventude.


Somos finitos, é fato, já nascemos morrendo, quando saímos do ventre de nossas madres, milhões de células já entram em processo de envelhecimento e morte, ou seja, mesmo em tenra idade, já estamos fadados ao envelhecimento e morte, este é o processo natural mais antinatural da vida. O homem não foi criado para morrer, isto envolve uma questão teológica no qual não entrarei nesta esfera neste texto, contudo, creio que morrer vai de encontro ao propósito primordial no qual fomos criados, e por mais que o envelhecimento e a morte estejam presentes em nossas vidas, ainda não nos acostumamos com tal fato.



Hoje, mais uma vez me deparei com um nefasto dilema, a certeza de que o tempo está, sorrateira e vorazmente devorando cada nano segundo que ainda me resta de vida, e isso me perturbou de forma contundente. Somos voláteis, e por mais saúde e segurança financeira que tenhamos, a nossa vida é um fio tênue que, ao menor impacto existencial, poderá se romper de forma frágil, sim, somos voláteis e efêmeros, e a vida se esvai como uma pequena nuvem no céu, que passa rápido.



Viver requer algumas ferramentas imprescindíveis para que a nossa breve estada nessa existência valha à pena, e tais ferramentas são para a maioria das pessoas algo inalcançável, pois sapiência, honestidade, gana, paciência e obstinação são armas que nos ajudam a nos fortalecer ante os embates da vida. Viver bem é uma arte, e muitos de nós perdemos preciosos momentos apegados a futilidades e coisas vãs, e quando nos damos conta a curta fatia de tempo denominada vida já está no fim e nos arrependemos de não a termos gozado de forma sábia e produtiva.



A vida é um bem precioso, uma dádiva de Deus, e muitos não sabem usufruir de forma sublime de tal dom, pois se deixam levar por ganância, apego aos bens materiais, vícios e uma vida desregrada, e tal sandice tem o seu preço, quando não potencializamos ao máximo a qualidade de nossas vidas, somos vitimados pelo seu encurtamento, e o que já é finito se torna mais finito ainda. Então só nos resta estarmos cientes de que somos fugazes, e que a nossa estada por aqui tem seu tempo determinado, e que cada momento de nossas vidas deve ser vivida de forma intensa, como se não houvesse amanhã, assim aproveitaremos ao máximo cada instante, abraçaremos com mais vigor cada oportunidade, e potencializaremos de forma pujante cada ensejo, na certeza de que, eternizaremos a vida dentro de sua finitude, fazendo da alegria combustível, e da dor aprendizado.







Paulo Cheng

Um comentário:

  1. Viver a cada dia é preciso e aceitando o que vamos "perdendo" com o passar dos anos... Mas tu estás muito moço ainda.O que sobra pra mim então?rs

    Feliz 2017 e tuuuuuuuuuuuudo de bom nele! abração, chica

    ResponderExcluir

Olá queridos, você está em meu site, o paulocheng.com, um espaço onde eu escrevo e posto minhas impressões, meus devaneios, minhas inspirações e sandices, desde já agradeço pelo acesso, lembrando que você não é obrigado a comentar, pois não há uma obrigatoriedade ou imposição, caso você não ache interessante ou esteja com preguiça, não tem problema, o que quero aqui é o prazer acima de qualquer coisa, e não obrigatoriedade, ok? Que Deus possa te abençoar em Cristo Jesus.