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Quero
amizades sinceras, que compartilhem as minhas lágrimas, que dividam
os meus sorrisos, que ande de mãos dadas comigo pelos escaldantes
desertos existenciais, e que sejam incisivas na hora de dizer um não.
Quero
a música como uma necessidade vital, onde canções nostálgicas me
remetam a momentos felizes, onde as melodias enternecedoras sejam meu
consolo na hora da tristeza, e nos momentos de arroubos de
comprazimento, ela esteja lá, emitindo notas altissonantes de puro
prazer e deleite.
Quero
o sentimento de justiça opulente, onde a luta e os embates sejam
motivados por tal sentimento, onde a ética e a moral gravitem em
torno dela, e onde a busca pela equidade seja um desdobramento de tal
inspiração.
Quero
o deleite da literatura, no gozo incomensurável da erudição das
palavras, dos mundos e culturas nos quais nos transportamos através
das letras, e no regojizo inefável das poesias e poemas.
Quero
a ternura do romantismo, das palavras adocicadas de ternura, das
carícias pueris e singelas, dos beijos lúgubres de pura paixão, de
toques sensíveis e saturados de tesão, de abraços apertados e
calientes, e flertes púberes e sinceros.
Quero
a quimera dos sonhos, de nutrir fantasias e desvarios, de anelar por
sonhos e projetos inexistentes, de fomentar devaneios e imaginações,
de sonhar por dias melhores.
Quero a singeleza das crianças, onde a inocência pueril destila ingenuidade gratuita, onde um olhar profere palavras inaudíveis, e as palavras são saturadas de afabilidade melíflua, e sinceridade corrosiva.
Quero a grandiosidade do simples, da frugalidade de passear na praia de pés descalços, da candura de apreciar o cair da chuva, da ingenuidade de contemplar uma criança brincando, e do despojamento de admirar um crepúsculo.
Quero
o anseio da esperança, de acreditar que a humanidade ainda seja um
projeto viável, de acalentar a expectativa de que o ser humano possa
suplantar o mal com o bem, de nutrir a crença de que o amor aniquila
o veneno do ódio, e que alegria sempre triunfará no final.
Paulo
Cheng
Tão lindos e tranquilos teus quereres,Paulo!Adorei ler! abração, chica e tudo de bom!
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