domingo, 14 de janeiro de 2018

Money Changes Everything

Imagem extraída da internet
o dinheiro é a mola do mundo”, “o melhor amigo é o dinheiro”, “o dinheiro abre as portas”, “com dinheiro à vista, toda a gente se benquista”, “dinheiro na mão, calcinha no chão”, esses são alguns adágios populares sobre o dinheiro, numa sociedade que superestima os bens materiais, e onde o dinheiro abre portas, a paranoia por enriquecer faz das pessoas uma máquina de trabalho, e na sofreguidão de acumularem muito dinheiro, neste processo nefasto, perdem a alma, e como já dizia as palavras de Jesus: “de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a própria alma?”

Vivemos em sociedades no qual os valores se pautam no status, na posição social, na conta bancária e no poder e influência no qual as pessoas detêm, todos anelam a ascensão na pirâmide social, todos aspiram status e regalias, e no afã de serem aceitos socialmente, e obterem as benesses sociais, buscam freneticamente saírem das camadas mais baixas e adentrarem no topo da pirâmide social, só assim terão todas as portas abertas, terão acesso as oportunidades, lograrão favores, e atingirão o status de “bem-sucedidos”.

Os valores intrínsecos que tecem a nossa personalidade, assim como o caráter, os valores ético-morais, o direcionamento espiritual, e os princípios deontológicos não são mais norteadores nem muito menos ferramentas que nivelam ou exaltam as pessoas nos relacionamentos interpessoais nos dias de hoje; para se sobressair, os valores a serem aferidos não são os relativos à personalidade, mas sim o status, já ouviram o adágio que “nós só valemos o que temos?”, sim, soa medonho, mas num mundo onde o dinheiro é a mola propulsora, vale quem tem mais, e se sobressai quem ostenta um status elevado.

Na selva de pedras das sociedades modernas, há uma competição predatória para angariar um lugar ao sol, e nesse processo sinistro, no meio do trajeto muitos perdem o que de mais precioso têm, a alma. O materialismo, o consumismo exacerbado, e o afã de “vencer na vida” nos torna desumanos, insensíveis com a dor alheia, e obstinados a amealhar riquezas e bens, ser próspero e vencedor é sinônimo de ser abastado financeira e materialmente falando, ganhar um salário mínimo, andar de ônibus, pagar aluguel e frequentar escola pública está reservado para os “perdedores”.

Viver numa sociedade onde os valores materiais são superestimados em detrimento de valores ético-morais, tornam as pessoas vazias, sem princípios sublimes, e reféns de uma corrida frenética em busca de fama, glória e aplausos, mas que, lenta e sorrateiramente relega a segundo ou terceiro plano os valores que realmente são saturados de sublimidade e esplendor: a essência intrínseca de cada ser humano, onde o que realmente importa não é o que temos ou compramos, mas o que provém do âmago de nossa alma, que emana do cerne de nosso coração, e que flui do imo de nosso espírito. Por mais que as sociedades e as culturas sobrestimem os valores materiais, o que realmente importa ainda é o que realmente somos, e não o que venhamos a amealhar.



Paulo Cheng

Um comentário:

  1. Bela e verdadeira tua reflexão! Uma pena que os valores estejam invertidos nessa podre sociedade..Mas vale continuar com os que prezamos e mantemos em nós...abraços praianos,chica

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