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“o
dinheiro é a mola do mundo”, “o melhor amigo é o dinheiro”,
“o dinheiro abre as portas”, “com dinheiro à vista, toda a
gente se benquista”, “dinheiro na mão, calcinha no chão”,
esses são alguns adágios populares sobre o dinheiro, numa sociedade
que superestima os bens materiais, e onde o dinheiro abre portas, a
paranoia por enriquecer faz das pessoas uma máquina de trabalho, e
na sofreguidão de acumularem muito dinheiro, neste processo nefasto,
perdem a alma, e como já dizia as palavras de Jesus: “de que
adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a própria alma?”
Vivemos em sociedades no
qual os valores se pautam no status, na posição social, na conta
bancária e no poder e influência no qual as pessoas detêm, todos
anelam a ascensão na pirâmide social, todos aspiram status e
regalias, e no afã de serem aceitos socialmente, e obterem as
benesses sociais, buscam freneticamente saírem das camadas mais
baixas e adentrarem no topo da pirâmide social, só assim terão
todas as portas abertas, terão acesso as oportunidades, lograrão
favores, e atingirão o status de “bem-sucedidos”.
Os valores intrínsecos
que tecem a nossa personalidade, assim como o caráter, os valores
ético-morais, o direcionamento espiritual, e os princípios
deontológicos não são mais norteadores nem muito menos ferramentas
que nivelam ou exaltam as pessoas nos relacionamentos interpessoais
nos dias de hoje; para se sobressair, os valores a serem aferidos não
são os relativos à personalidade, mas sim o status, já ouviram o
adágio que “nós só valemos o que temos?”, sim, soa medonho,
mas num mundo onde o dinheiro é a mola propulsora, vale quem tem
mais, e se sobressai quem ostenta um status elevado.
Na selva de pedras das
sociedades modernas, há uma competição predatória para angariar
um lugar ao sol, e nesse processo sinistro, no meio do trajeto muitos
perdem o que de mais precioso têm, a alma. O materialismo, o
consumismo exacerbado, e o afã de “vencer na vida” nos torna
desumanos, insensíveis com a dor alheia, e obstinados a amealhar
riquezas e bens, ser próspero e vencedor é sinônimo de ser
abastado financeira e materialmente falando, ganhar um salário
mínimo, andar de ônibus, pagar aluguel e frequentar escola pública
está reservado para os “perdedores”.
Viver numa sociedade onde
os valores materiais são superestimados em detrimento de valores
ético-morais, tornam as pessoas vazias, sem princípios sublimes, e
reféns de uma corrida frenética em busca de fama, glória e
aplausos, mas que, lenta e sorrateiramente relega a segundo ou
terceiro plano os valores que realmente são saturados de sublimidade
e esplendor: a essência intrínseca de cada ser humano, onde o que
realmente importa não é o que temos ou compramos, mas o que provém
do âmago de nossa alma, que emana do cerne de nosso coração, e que
flui do imo de nosso espírito. Por mais que as sociedades e as
culturas sobrestimem os valores materiais, o que realmente importa
ainda é o que realmente somos, e não o que venhamos a amealhar.
Paulo
Cheng
Bela e verdadeira tua reflexão! Uma pena que os valores estejam invertidos nessa podre sociedade..Mas vale continuar com os que prezamos e mantemos em nós...abraços praianos,chica
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