Estamos inseridos em sociedades, comunidades, culturas,
interagimos, participamos, nos doamos de várias formas para que a vida em
comunidade alavanque o senso de pertencimento. Somos seres sociáveis, gostamos
e necessitamos viver em tribos, isso faz de nós pessoas civilizadas, urbanas.
Contudo, viver socialmente não é tarefa das mais fáceis,
requer bom senso, habilidade e muita maturidade. As pessoas são distintas, tem
cabeças e pensamentos diferentes, que destoam uma das outras, cada pessoa é uma
ilha. E agir de forma madura em meio a pessoas de diferentes índoles, culturas,
sentimentos, configura uma arte nobre de sobrevivência, na qual a grande maioria
ainda não adquiriu.
Mesmo necessitando das pessoas, há um grande erro no qual
nós, seres humanos, cometemos com frequência, é gravitar em torno do que os
outros pensam e dizem de nós. Muitas vezes somos reféns de convenções e
direcionamentos que as sociedades nos impõem como regra basilar de viver.
Muitos vivem mendigando carinho, atenção e afeto dos outros, como se deles
dependesse para sobreviver. As redes sociais na internet é um bom exemplo
disso, no qual muitos, como forma de driblar a solidão e o vazio existencial,
passam horas a fio por dia postando fotos e postagens como forma de atrair um
pouco de atenção ou simplesmente se exibindo, ávidos por elogios e aplausos,
como forma de aceitação.
Viver sob os holofotes sociais, sempre insaciáveis por
migalhas de afeição, nos torna pessoas inseguras, fracas e sempre dependentes,
pois, no dia em que as luzes da ribalta se arrefecerem, e os aplausos silenciarem,
e os tapinhas nas costas cessarem, e os risos calarem, nos condenarão a nos
tornarmos náufragos em uma ilha deserta, eremitas em um castelo solitário,
caminhantes errantes em uma estrada sem fim.
Vivamos sem querer
ser os atores principais no script da vida, de tentarmos ser os coitadinhos
mendigando atenção dos outros, e sempre tentando atrair a atenção dos outros; se doar sem esperar a contrapartida do retorno é uma ferramenta emocional que
nos livrará de decepções, pois lidar com sentimentos humanos é algo complexo, e
nem sempre as pessoas estarão prontas para suprir as nossas carências
emocionais. Viver é uma aventura sinuosa, não obstante, deleitosa.
Paulo Cheng
Muito bem escrito e colocado o tema.Viver é surpreendente sempre e melhor fazê-lo sem alardes, na nossa, tranquilinhos...abração,chica
ResponderExcluirChica querida, e a vida é bem por aí mesmo, muito grato pelo comentário, abração pra ti.
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